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Pedindo autorização para praticar o crime, pode?

Da Redação em 10 de Novembro de 2017

Advogada que foi presa em Campo Grande, em 2015, por estar transportando U$ 390 mil e viria com a bolada para Corumbá, pode ser condenada por não ter pedido autorização para atravessar a fronteira com o dinheiro. Ou seja, se ela tivesse pedido autorização para a Receita Federal, poderia ir para a Bolívia, sem problema?

Tráfico de dinheiro

Essa advogada alega que iria defender um traficante preso em território boliviano. Especialista na defesa de pessoas que praticam esse tipo de crime, ela também pode ser criminalizada por associação ao tráfico. Afinal, quem é que entrega U$ 390 mil nas mãos de uma advogada?. E, se ela realmente recebeu a grana para defender o traficante, porque iria levar o dinheiro para a Bolívia?

Virando moda

Esse tipo de ocorrência, de pessoas atravessando a fronteira com dinheiro grosso, para lá ou para cá, está virando rotina. As altas quantias em dinheiro mostram que o tráfico movimenta somas astronômicas que não passam pela rede bancária ou pela Receita Federal. Enquanto isso, os brasileiros que trabalham e pagam impostos, são severamente fiscalizados...

Imóveis para alugar

Corumbá e Ladário são duas cidades que precisam de imóveis de aluguel. A Marinha, o Exército e a mineração trazem milhares de pessoas para a região e elas têm que ter uma casa provisória para morar durante o tempo em que estiverem trabalhando aqui. A Marinha, em especial, movimenta cerca de mil militares todos os anos e não tem casas e apartamentos suficientes para todos eles, ou seja, aquece o mercado imobiliário. 

Casas velhas e ruins

Infelizmente, na maioria das vezes, os imóveis colocados para locação são antigos e não tem a infraestrutura que deveriam ter, apesar de os preços dos aluguéis serem dos mais altos do Brasil. Isso se justifica pela alta demanda, se tem muita gente procurando, o preço vai lá em cima. 

Porém

Este ano o IGPM mostra que os aluguéis caíram em 1,4% para reajuste de 12 meses. Ou seja, na hora de renovar o contrato, o inquilino poderá ter uma redução no preço do aluguel. Será que isso vai mesmo acontecer na prática, ou melhor, será que esse tal IGPM sempre foi seguido à risca, com reajustes de acordo com o índice?

Faltam investimentos

Proprietários de imóveis investem pouco na reforma e ampliação, ou mesmo na modernização. Aliado a isso, a construção civil teve um “boom” nos últimos anos, com a construção de casas para venda, mas voltou a cair, talvez porque estivessem sendo construídos imóveis pequenos, alguns até sem colunas, a preços muito altos, dificultando a venda. 

Detalhe

Quem faz o mercado são os consumidores que ainda não se acostumaram a isso. Se o imóvel é ruim, não alugue, se o preço é alto, não alugue e não compre, se a construção não tem segurança e é para poucos anos, não compre. 

Mas, morar aonde?

Às vezes é necessário fazer sacrifícios para poder exigir os direitos de cidadão. Pagar caro pode até ser, mas por um imóvel de qualidade, com conforto, segurança e durabilidade.

(*) Detalhe é uma coluna de opinião do Diário Corumbaense que aborda os mais variados assuntos.