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Com leis, com discórdia, com sérios problemas judiciais

Da Redação em 09 de Agosto de 2017

A nossa justiça

Literalmente a justiça brasileira parece estar implodindo. Instituição pesada, das mais caras do país por causa dos vultuosos salários e benefícios, o judiciário vem sendo alvo de inúmeras acusações, e parece estar na mira das críticas mais severas.

A discórdia é tanta

Que o ministro do STF, Gilmar Mendes, que atacou o Procurador da República, Rodrigo Janot, dizendo que o procurador é incompetente, agora atirou contra o juiz Sérgio Moro. Segundo Mendes, o direito penal brasileiro virou um "baguncismo".

Fogo amigo

Com a língua afiada no retorno do recesso, o ministro acabou jogando contra o próprio patrimônio ao culpar o STF pelo "baguncismo". E chamou o trabalho de Moro e Janot de "doutrina", ou seja, uma forma pessoal de usar o direito penal, sem levar em conta a constituição.

Emaranhado

Ao longo dos tempos, as leis brasileiras viraram um tremendo emaranhado, pior até do que uma teia de aranha. Hoje, difícil ver uma decisão judicial baseada tão somente na lei, sem usar jurisprudência. Ou seja, a interpretação dos juízes se sobrepõe à legislação.

E misturando política

A guerra está esquentando. Agora, claramente, já tem magistrado defendendo suas convicções. É a lei sendo usada em benefício dos políticos, de acordo com a conveniência de cada um.

Mas afinal

São os próprios políticos que fazem as leis. E eles são tão astutos que prepararam essa arapuca. Em um momento em que o balaio poderia ficar cheio, divergências jurídicas podem salvar a todos.

E mais bárbaro ainda

Foi a suspensão do processo da Samarco, aquele da maior tragédia ambiental brasileira. Por causa de uma quebra de sigilo telefônico mal feita, os responsáveis sequer poderão ser julgados.

Invasão de privacidade

É o que a defesa alegou e conseguiu a "compreensão" do judiciário. Quer dizer que aquela enxurrada de rejeito de minério que pegou as famílias nas salas, nos quartos, nos banheiros, na cama, não foi uma invasão de privacidade? Se não, as mortes que sucumbiram sonhos, planos, o futuro, essas levaram as vítimas para a privacidade eterna. Que barbaridade.