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Moradores e visitantes falam da tranquilidade, do povo e do Pantanal de Corumbá

Caline Galvão em 21 de Setembro de 2016

Nesses 238 anos de Corumbá, há muito que se comemorar e falar sobre a cidade. Lugar que abriga a mais pura história do Brasil, guarda memórias de épocas de guerra, lutas e vitórias do passado, mas também é um incomparável ícone da beleza natural. Pelo rio Paraguai, um dos principais da América Latina, passam grandes navios da indústria siderúrgica e embarcações turísticas, além de serem vistos inúmeros pescadores todos os dias. Tudo isso pode ser contemplado do Porto Geral de Corumbá. A beleza misturada com história, cultura e a tranquilidade da cidade despertam nos moradores o amor por Corumbá.

“Corumbá para mim representa tudo. Nasci aqui, fui criado aqui, sempre morei aqui e não troco Corumbá por outra cidade”, afirmou João Paulo Lopes Ferreira, de 37 anos, funcionário público. “Daqui não saio, só para passeio mesmo”, assegurou. Algumas das coisas que João Paulo mais gosta na cidade é o Porto Geral, a paisagem do Cristo e o Pantanal. No entanto, ele acredita que em alguns aspectos do lazer, Corumbá deveria se modernizar. “Acho que o que todo mundo gostaria de ter aqui é um cinema, um shopping, algum lugar desse tipo”, sugeriu.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Moradores afirmam que há alguns aspectos a serem melhorados em Corumbá, mas o que mais encanta é o Pantanal

Na praça da Independência estava o senhor Odil Nogueira Flores. Aos 73 anos, ele nunca viveu em outro lugar, viu muita gente de fora visitando e trabalhando na cidade, tanto de outras partes do país quanto do exterior. O "seo" Odil gosta muito quando chega o Carnaval, um dos maiores do Brasil. “Aqui é a terra da amizade, Corumbá acolhe todo mundo, é uma cidade maravilhosa. Você entra nas casas das pessoas, come, toma um café, tem amigos. Eu não troco essa cidade por nenhuma outra. Aqui é uma cidade livre”, disse ao Diário Corumbaense. “Corumbá tinha muitos turistas, mas hoje ainda vem gente de fora, eles não abandonam porque temos o rio Paraguai. O que mais gosto aqui são as amizades que a gente tem, eu adoro esse lugar”, afirmou o morador.

Ele lembra de diversas companhias que existiam na cidade e empregavam os moradores e essa é uma das situações que ele gostaria que retornasse à cidade. “Eu gostaria que voltassem as companhias que não existem mais. Corumbá foi maravilhosa com relação aos serviços, tinha bastante. O trem foi embora, o relógio foi embora, naquela época aqui ninguém ficava parado”, lembrou o aposentado.

Passeando no Porto Geral com as amigas, a vendedora Raine Aparecida Arruda Moreno, de 23 anos, acredita que a única coisa para se melhorar na cidade é a questão da segurança. Ela também acha que o Porto Geral poderia ser mais visitado, principalmente à noite, sendo este um dos locais que mais gosta da cidade. Ela contou que achou interessante o fascínio que um turista do Rio de Janeiro teve por Corumbá. “Minha igreja trouxe um rapaz de fora e quando a gente o trouxe aqui no Porto, ele ficou encantado com o Pantanal. Nunca tinha vindo aqui e disse que voltaria. Ele falou que aqui é super calmo e bem diferente da cidade onde ele está acostumado. Lá é muito trânsito e muito barulho. Quando ele veio aqui, falou que sentiu calmaria e gostou muito”, relatou Raine.

Luiz Rocha, de 50 anos, é corumbaense e desenhista técnico. Ele contou que viveu apenas três anos fora de Corumbá, na Capital, mas que sentia falta da sua cidade natal. “Lá é totalmente diferente a forma de se viver, é mais movimentado, é ritmo de capital mesmo, aqui ainda é essa calmaria toda”, disse Luiz. “Corumbá representa para mim tudo de bom. A única coisa que precisa mudar aqui é mais emprego”, afirmou o morador. O que mais agrada Luiz em Corumbá é a tranquilidade que ainda existe nas cidades tipicamente de interior. 

Há cerca de um ano, Tiago de Oliveira Cardoso, de 24 anos, estuda medicina em Santa Cruz, na Bolívia. Natural de Rondônia, é a quarta vez que passa por Corumbá para resolver questões burocráticas. No entanto, está admirado com a beleza da cidade e encantado com as praças. Tiago estava com um amigo, também de Rondônia e estudante de medicina, na praça da Independência e contou que em sua cidade, Ji-Paraná, a segunda maior de Rondônia, não há locais de lazer como em Corumbá. “Estou com a melhor impressão possível de Corumbá. É muito bonita a cidade, as praças, o rio, toda a estrutura é muito bonita, fiquei impressionado se comparada à minha cidade”, afirmou Tiago que pretende vir com mais calma para conhecer melhor a cidade branca. “Quero voltar com mais tempo, conhecer todos os pontos turísticos”, concluiu.  

 

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