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Em Ladário, cotidiano no Alta Floresta 2 é comprometido por problemas estruturais

Da Redação em 01 de Março de 2016

As fortes chuvas que caíram quase que incessantemente em Corumbá e Ladário, na semana passada, comprometeram bastante o cotidiano de famílias ladarenses. No bairro Alta Floresta 2 a situação se complicou ainda mais porque o local carece de infraestrutura nas ruas e sofre com a infestação maciça e preocupante de mosquitos.

Moradora no cruzamento da rua Acerola com Frei Liberato, Leda Maira Carneiro da Silva, mostrou ao Diário Corumbaense os problemas que as famílias que vivem naquela localidade enfrentam. “É muito mosquito. Passamos praticamente o dia inteiro dentro de casa, com tudo fechado. Tenho meu filho e meu neto e com essa quantidade de mosquitos dá medo dessas doenças”, disse ela ao se referir à dengue, zika vírus e febre chikungunya que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Moradora do Alta Floresta 2 mostrou problemas recorrentes do bairro; lixo tem recipientes que podem servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti

Agrava o risco de proliferação do mosquito transmissor a existência de lixo acumulado na rua, num terreno baldio na rua Acerola. “É um mato só e com lixo jogado. Não passam para recolher”, contou ao mostrar o entulho acumulado que reúne vários recipientes que podem funcionar como criadouro do Aedes.

A moradora ainda reclamou das condições da rua Frei Liberato, que passa em frente à casa dela. A via é um dos principais pontos de tráfego de veículos pesados – principalmente de transporte de minério – e não tem asfalto. “Essa rua não é asfaltada e tem muitos buracos. Nesse tempo de muita chuva vira um lamaçal só e para passar por ela andando é uma manobra”, disse Leda Maira ao cobrar uma ação de melhorias na via.

O secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Roberto Guimarães, disse que na semana passada realizou serviço de manutenção na rua Frei Liberato e isso já permitiu a “passagem de carretas” pela via. Ele destacou que a lama é situação decorrente das chuvas, mas o Município já licitou e tem a ordem de serviço assinada para a execução do calçamento daquela via para passagem de pedestres. Uma vez pronta garantirá maior segurança para quem trafega por aquela via. Após início da obra, o prazo de conclusão é de 90 dias.

Guimarães informou também que a Prefeitura tem a “preocupação sempre presente em manter as condições mínimas para o uso da via”, seja por pedestres ou pela passagem do tráfego de veículos. Há um projeto de pavimentação da rua Frei Liberato, mas depende de liberação de recursos federais para sua execução. A proposição tramita no Governo Federal aguardando ser contemplado.

Ainda segundo o secretário de Infraestrutura, Ladário mantém – no momento – três serviços para coleta de lixo e entulho.  “Há a coleta de lixo domiciliar, que é feito por uma empresa particular ; temos ainda de recolhimento de poda de árvores e demais entulhos, que é feito de segunda a sexta em toda a cidade e, por fim, com a situação dos casos de dengue, chikungunya e zika vírus, duplicamos o serviço de coleta com a realização dos mutirões”, completou.

Rua Frei Liberato, sem manutenção, acumula buracos e lama

Ações contra a dengue

A este Diário o secretário de Saúde de Ladário, Cleber Colleone, explicou que o serviço de combate e prevenção ao mosquito Aedes aegypti é realizado rotineiramente naquele município. Ele informou que somente a passagem do carro com o fumacê ainda não vem sendo feita.

“Durante todo o ano realizamos ações com agentes comunitários de saúde e de endemia. No final do ano passado, com um grande mutirão, retiramos 170 toneladas de material que podia acumular água e servir de criadouro para o mosquito. Neste ano, em ação reunindo militares da Marinha e nossos agentes, visitamos casa a casa de nossa cidade dando orientações e fazendo panfletagem. Desde o dia 15 de fevereiro já recolhemos 500 toneladas de entulhos, inclusive na região do Alta Floresta. O fumacê não aconteceu em nenhum bairro. Não estamos em situação de epidemia e a Secretaria de Saúde do Estado estuda a situação de Ladário para  uso do fumacê. Onde há notificações de dengue, por exemplo, fazemos a borrifação costal num raio de nove quadras de onde foi notificada a suspeita. Qualquer situação, peço à população que nos informe pelo telefone 3226-5165 ou pelo email: saúde.ladario@gmail.com”, finalizou o secretário.

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