Caline Galvão em 21 de Outubro de 2015
Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Para os bancários, a proposta continua muito abaixo da inflação, mas negociações seguem nesta manhã
Depois de 15 dias da greve dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se pronunciou lançando proposta de reajuste salarial de 7,5% sem abono, na primeira rodada de negociações realizada na tarde de terça-feira (20). A proposta foi rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários, que reivindica aumento de 16%. A reunião aconteceu no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. As negociações continuam a partir das 11h da manhã desta quarta-feira (21).
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Comando Nacional reafirmou aos banqueiros que pretende negociar ganho real. A proposta inicial oferecida pela Fenaban, de 5,5%, foi a pior dos últimos anos, segundo a Contraf-CUT, muito abaixo da inflação do período de 9,88% (INPC). Os bancos culparam a crise financeira como justificativa, mas não mencionaram que mesmo diante da crise, os cinco maiores bancos do País (Caixa, Banco do Brasil, Santander, Itaú e Bradesco) tiveram lucro de R$ 36,3 bilhões apenas no primeiro semestre, o equivalente a um crescimento de 27,3% com relação ao mesmo período que o ano passado.
Em Corumbá, todos os bancos seguem fechados para atendimento interno, permanecendo abertas as agências para atendimento nos caixas eletrônicos. No município, os clientes podem recorrer às casas lotéricas e agências dos Correios para efetuar pagamentos e depósitos da Caixa Econômica e do Banco do Brasil. Clientes do Bradesco podem recorrer às Casas Bahia para efetuar pagamentos e depósitos. Em todo o País, já são 12.567 agências em greve e 33 centros administrativos com atividades paralisadas.
Reivindicações dos bancários
Os bancários reivindicam, além do reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real, o piso de R$ 3.299,66; participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82; vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788,88 ao mês para cada. Os bancários reivindicam também maior prevenção contra assaltos e sequestros com permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas e abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários também são solicitações.
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