Caline Galvão em 08 de Setembro de 2015
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Prefeito enfatizou a importância da reforma da Casa da Cidadania como espaço de acolhimento e ajuda social
Nesta terça-feira (08), a Prefeitura de Corumbá, através da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, entregou a reforma da Casa da Cidadania e o espaço para o projeto da Economia Solidária. A obra foi executada com recursos municipais e sua entrega faz parte da programação de aniversário dos 237 anos da cidade. Durante a reforma foi trocada toda instalação elétrica, reestruturado o telhado e realizada pintura. O município investiu R$ 33.106,44 no projeto que teve como objetivo oferecer melhores condições tanto para o trabalho dos funcionários quanto para a recepção do público.
O prefeito Paulo Duarte explicou que as entregas que estão sendo realizadas nesse mês são aquelas de maior importância para a população. “Nós temos trabalhado muito, nas obras de reformas que estamos entregando, aquilo que é importante para a população, e a Casa da Cidadania é um espaço de acolhimento que recebe o público, lideranças comunitárias e grupos que não tinham visibilidade na cidade”, afirmou o prefeito a este Diário. Segundo ele, as condições do prédio estavam inadequadas e insalubres. “O espaço precisava muito de uma condição melhor para quem trabalha aqui e para receber as pessoas”, completou.
“Da Casa da Cidadania muitas vezes saem assuntos, ações que são importantes para todas as áreas. Isso é importante, o poder público de verdade ter uma relação próxima da população. A Casa da Cidadania, antes de mais nada, serve para receber, acolher a população, treinar, qualificar, gerar renda, mas o aspecto mais importante é acolher a todos e a todas contra qualquer tipo de discriminação”, enfatizou Duarte. Ele destacou o protagonismo, em sua gestão, de atividades que antes estavam à margem da sociedade, como os b-boys, grafite, skate, capoeira e a cultura negra, que ganhou destaque na entrega da reforma com apresentação de dança e música afro.
Dentro da Casa da Cidadania foram separados dois cômodos para o projeto da Economia Solidária, onde as artesãs se reúnem para trocar ideias, experiências, materiais e gerar renda. Futuramente, haverá uma loja específica para a venda dos produtos confeccionados por essas artesãs. “A Economia Solidária acontece quando as pessoas se organizam solidariamente e tudo aquilo que produzem é revertido para elas, para comprar material, insumos para produzir novamente e gerar renda, e tudo o que fazem é dividido entre essas pessoas que estão unidas em grupos”, esclareceu Mabel Aguilar, secretária municipal de Assistência Social e Cidadania.
Espaço da Economia Solidária expõe produtos feitos em grupo por artesãs
Mabel explicou que essas mulheres faziam parte, inicialmente, de um grupo que começou no CRAS III e a ele foram juntadas outras pessoas e aproximadamente há cerca de 160 artesãs divididas em 10 grupos. Ela afirmou que ainda estão sendo vistas as questões legais para abertura da loja específica para o projeto. De acordo com a secretária, o comércio dos produtos do projeto não é igual ao que acontece em uma empresa comum. “A diferença é porque ele não visa só o lucro, ele visa o bem comum de todas as pessoas que estão ali produzindo solidariamente, elas produzem juntas e geram lucro juntas que é revertido para todas as pessoas que estão produzindo, é tudo partilhado”, comentou Mabel.
Zilma Gonçalves integra o grupo das mulheres artesãs desde 2006 no CRAS. Ela contou que era mãe de um aluno do Pró-Jovem e a psicóloga do projeto sugeriu que as mães participassem do grupo de artesãs porque algumas delas estavam depressivas. “Esse era um jeito de trabalhar a mente, fazendo alguma coisa, se distraindo e gerando renda”, afirmou Zilma. “É um trabalho bem interessante porque aqui você não apenas produz, você também compartilha com as meninas o seu dia a dia, é o bem-estar, o bem-viver com as meninas, nós trabalhamos em grupo. Não é só geração de renda, é uma família mesmo”, completou. As artesãs priorizam o trabalho com produtos recicláveis, mas também constroem produtos com jeans, patchwork e E.V.A.
A Casa da Cidadania
Localizada na rua 15 de Novembro, a Casa da Cidadania é um espaço que abriga diversas gerências que estão inseridas na Secretaria e Subsecretaria de Assistência Social e Cidadania. Nilo Corrêa, subsecretário da pasta, explicou que no local há a sede da Gerência de Políticas para a Igualdade Racial, que tem como representante Rogério César. Há também a Gerência de Políticas para as Mulheres, com Cristiane Sant’Anna como liderança, onde está inserido o CRAM, Centro de Referência de Apoio à Mulher vítima de violência. Na Casa há também a sede da Gerência de Políticas para a Juventude, liderada por Jonathan Franca, e a Gerência de Políticas para a Qualificação Profissional, que tem Dilson Fonseca como representante. O projeto da Economia Solidária (Ecosol) é liderado por Hesley Sant’Anna. A Junta Militar também está instalada no prédio.
“Há também o trabalho que existe com as comunidades. As associações de moradores, nós temos um apoio a essas associações e ONGs. Temos um trabalho junto com a Escola de Governo, temos advogado, uma pessoa que cuida para fazer toda a documentação, para assinar, para apoiar essas associações e essas ONGs. Então, aqui é um espaço realmente para informar, capacitar, qualificar e buscar ajuda, é um espaço para a comunidade, por isso que é Cidadania”, enfatizou Nilo Corrêa ao Diário Corumbaense.
Casa da Cidadana abriga diversos setores da administração pública
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