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Corumbá vai sediar 1º Seminário de Krav Magá em setembro

Caline Galvão em 26 de Agosto de 2015

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

O Krav Magá ensina técnica de defesa pessoal e é voltado para civis, policiais e militares

Nos dias 11 e 12 de setembro, no 17º Batalhão de Fronteira, acontecerá o 1º Seminário de Krav Magá em Corumbá. A técnica israelense de defesa pessoal será apresentada ao público corumbaense pelo instrutor argentino Eberth Salas. As inscrições para o seminário já estão abertas ao valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) e podem ser realizadas na Team Grulet, com o instrutor de Krav Magá Cristiano Nascimento, que está organizando o evento.

O Krav Maga significa em hebreu “combate aproximado”. Surgiu durante a II Guerra Mundial e foi inventada por Imi Lichtenfeld. O Krav Magá é uma mistura de várias técnicas de artes marciais, mas não é considerada uma arte marcial. Antigamente, somente os soldados israelenses treinavam essa habilidade, hoje é treinada por civis, policiais militares e militares, e já está espalhada no mundo inteiro. “O Krav Magá não é uma técnica para você entrar em conflito, mas para que você saia dele o mais rápido possível, a fim de preservar a sua vida”, explica o instrutor de Krav Magá, Cristiano Nascimento.

Durante o seminário, que ocorrerá das 08h às 11h, das 14h às 18h e das 20h às 22h, os participantes receberão instruções de tática com bastão, pistola e faca. O curso é voltado para civis, militares das Forças Armadas, policiais civis e militares. A idade mínima para inscrição é 17 anos, para ambos os sexos. “Nós esperamos que o Krav Magá em Corumbá seja um sucesso. É a primeira vez e esperamos que venham muitos militares, civis e o público policial para conhecer a técnica”, comenta Nascimento.

As inscrições para o seminário devem ser feitas na Team Grulet, 641, localizada na Dom Aquino, entre a Antônio João e a Tiradentes, ou pelo telefone do instrutor Cristiano: 9615-5930. É necessário realizar inscrição com antecedência para garantir a vaga porque o número é limitado. “Não sabemos qual vai ser a reação do público por não conhecer o Krav Magá. Quem conhece geralmente são militares da Marinha, Exército ou já ouviram falar e já treinaram”, diz Cristiano. No final do seminário, o participante receberá certificado do Krav Magá Global (KMG) e um brevê.

Cristiano Nascimento, que é nível 2 em Krav Magá, ministra aulas dessa técnica todas as segundas, quartas e sextas, das 08h às 09h e das 20h às 21h. O público é diversificado. Ele e o irmão Barcellos, cabo da Polícia Militar, são os únicos representantes do Krav Magá Global (KMG) no Brasil e estão tentando implantar essa organização no Mato Grosso do Sul. No País já existem outras entidades da técnica, como a Federação Sul Americana de Krav Magá e a Associação Brasileira de Krav Magá.

No final do seminário, o participante receberá certificado do Krav Magá Global (KMG) e um brevê

Além de defesa, técnica ensina disciplina e controle de estresse

A estudante Daiara Delgado, de 24 anos, conheceu a técnica há quatro meses, depois que uma amiga dela foi assaltada e procurou pelo Krav Magá para aprender a se defender, além de ser uma arte que ensina disciplina e a controlar o estresse. “Acabei gostando e me sentindo melhor. O KravMagá mudou minhas atitudes, meu modo de pensar, tudo. É mais para defesa pessoal, mas aprendi a controlar o estresse, ainda mais que meu filho é autista e aprendi a controlar meu emocional”, afirmou.

Daiara tem razão em afirmar que a técnica ajudou a mudar seu modo de pensar. Isso porque, como explica o instrutor Cristiano Nascimento, o Krav Magá ensina os alunos a ficarem mais atentos em qualquer lugar que estejam, além de aprenderem a controlar suas emoções em momentos dramáticos, como um assalto, por exemplo. Enquanto a técnica é procurada por mulheres para se defenderem de assaltantes ou de ataques, os militares procuram pelo Krav Magá para saber lidar em situações mais complexas, quando estão diante de uso de armas ou sendo ameaçados fisicamente durante o serviço. Até para saber algemar com mais facilidade o Krav Magá é ensinado.

O instrutor Eberth Salas, que ministrará o seminário em setembro, é nível G5 dentro do Krav Magá Global (KMG). Para ser instrutor, o interessado passa por seminários para graduação, que se inicia com o nível 1, vai até o nível 3, depois G1 até G5, para depois entrar no nível expert. “A técnica do Krav Magá é bem diferente das outras, pois trabalhamos momentos de estresse, momentos reais, mas não machucamos nas nossas aulas, mostramos o que é que na realidade acontece nas ruas, como um puxão de cabelo, uma facada, uma pistola, etc. Nosso treinamento é bastante real, mas não machuca”, explica Cristiano Nascimento.

Ele esteve este mês em Santa Cruz de La Sierra, quando fez seminário ministrado com o mestre Eyal Yanilov, que é israelense. Yanilov está viajando a América Latina inteira ministrando seminário. Em novembro, Cristiano fará nova viagem para se graduar. “Se esse seminário for um sucesso em Corumbá, quem sabe um dia não possa trazer o Yanilov”, disse Nascimento. “Eu espero que seja um sucesso”, concluiu.

Cristiano já era carateca quando conheceu o Krav Magá e também já treinou capoeira, jiu-jítsu, judô, é faixa roxa de caratê e em pesquisas de internet descobriu o Krav Magá. Um instrutor nível “expert 2”, que ministra aulas de Krav Magá para as Forças Armadas da Argentina, esteve em Campo Grande promovendo seminário, foi quando Cristiano e o irmão conheceram a técnica e passaram a participar de vários cursos. Até que ele foi para a Argentina a fim de se desenvolver melhor e se tornar instrutor da arte.

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