PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Brasileiros reclamam da concorrência desleal na fronteira

Marcelo Fernandes em 23 de Outubro de 2009

Marcelo Fernandes

Taxistas José Cláudio e Hélio confirmam prejuízos causados pelos clandestinos

Corumbá tem atualmente uma frota com 92 concessões. E os taxistas locais sofrem com a concorrência desleal dos clandestinos da Bolívia. “Eles levam para a rodoviária e aeroporto e até para outros lugares dentro da nossa cidade”, contou o taxista José Cláudio Alencar, há trinta anos na profissão. Um dos problemas apontados por ele é que naquele país não parece haver uma distinção entre veículo de uso particular para o serviço de transporte de passageiros. “Lá todos os carros fazem serviço de táxi. Aqui tem o táxi e o particular. Lá não há essa divisão e isso nos prejudica muito”, contou.

Trabalhando há dez anos no setor, o taxista Hélio Costa disse a este Diário que os clandestinos bolivianos praticam preços que complicam o serviço oferecido pelos brasileiros. “Eles não pagam impostos e o combustível deles é bem mais barato, os valores que cobram são mais baixos”, explicou. Em Corumbá há o cumprimento de uma tabela que regula os valores do taxímetro, conforme a bandeira (1 ou 2).

Costa enfatizou que os taxistas brasileiros mantêm um fiscal na fronteira – atuando em frente ao ponto de táxis – para coibir esse tipo de prática, mas a grande maioria não dá atenção. “Eles pegam o passageiro, vêm para cá e passam direto. Não respeitam”, afirmou.