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Sanesul pode atender casas do PAC com rede provisória de esgoto

As ligações domiciliares serão feitas após a entrada dos moradores nos imóveis, explicou o gerente regional da empresa, engenheiro Januário Ximenes

Marcelo Fernandes em 14 de Setembro de 2009

Ricardo Albertoni

Januário Ximenes veio à redação do Diário acompanhado do gerente financeiro, Bruno Fabi

A Sanesul informou nesta segunda-feira ao Diário já ter concluído a rede interna de água das 300 casas que a Prefeitura está construindo no conjunto Guatós dentro do programa Casa Nova, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As ligações domiciliares serão feitas após a entrada dos moradores nos imóveis, explicou o gerente regional da empresa, engenheiro Januário Ximenes. 

“O trabalho é por etapas. Nesse primeiro lote em que a Prefeitura concluiu as casas já fizemos a rede interna de água. Só não fizemos as ligações domiciliares, porque vamos executá-la só quando o morador já estiver dentro das casas. Se fizermos agora, infelizmente são passíveis de serem roubadas; deterioradas ou depredadas”, afirmou Ximenes.

Segundo o gerente regional, a rede de esgotamento sanitário foi concluída no entorno das quadras. “Não fizemos a interna em função das definições de arruamentos. A rede interna é a que passa dentro do conjunto e a externa é a do entorno. A rede de esgoto não vai ser no asfalto, vai ser ao lado do meio-fio do arruamento interno”, argumentou.

Ele esclareceu que uma solução para a ocupação das unidades habitacionais seria a implantação de fossas provisórias. “Podemos, num primeiro momento, fazer uma fossa provisoriamente para atender as 300 casas até a conclusão da Estação de Tratamento da Olaria, que vai receber esse esgoto. A gente pode fazer essa rede coletora, não tem complexidade”, destacou Januário. A conclusão da Estação da Olaria está prevista para o final deste ano.

Nos bairros Aeroporto e Popular Nova, onde a Prefeitura também desenvolve projetos habitacionais, a Sanesul enfrenta os mesmos problemas logísticos, informou o gerente regional, que estava acompanhado do gerente administrativo e financeiro Bruno Fabi. 

Reunião

Procurado pela reportagem do Diário, o secretário executivo de Infraestrutura, Ricardo Ametlla, esclareceu que a prefeitura está sempre à disposição para discutir projetos que garantam condições efetivas para qualificar o serviço de habitação no município. “Esta opção das fossas provisórias ainda não chegou oficialmente ao nosso conhecimento. É trazer o projeto para que possamos analisar as possibilidades.”   

Ametlla ainda avaliou que a instalação imediata de 300 hidrantes das ligações domiciliares, após a entrada dos moradores nos imóveis, pode ser “logisticamente difícil” para a Sanesul. Ele também argumentou que a água é uma “necessidade básica” para a vida e seria recomendável que as instalações estivessem prontas na entrega das casas. 

O secretário explicou que a abertura de valetas ao lado do meio-fio para instalação da rede de esgoto, após pavimentação da rua acarreta danos ao asfalto. “Corumbá tem um solo rochoso, e a retroescavadeira, por si só, danifica e estraga a pavimentação, não tem como preservar”, disse Ricardo Ametlla.

Diante das possibilidades apresentadas pela Sanesul, o secretário informou que deve marcar uma reunião com a gerência da empresa para definir a questão. A não implantação do sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário impedia a Prefeitura de entregar, agora em setembro, as casas populares construídas no Conjunto Guatós.