Marcelo Fernandes em 14 de Setembro de 2009
O Sindicato dos Mototaxistas de Corumbáâ (â¬Simtacâ) â¬calcula que o transporte clandestino de passageiros em motocicletas tire atéâ â¬80%â â¬da renda dos profissionais credenciados.â â¬A avaliação é do presidente do Simtac,â â¬Francisco de Assis Oliveira,â â¬que afirmou ser a atuação irregular o principal problema da categoria.â â¬Segundo ele,â â¬o que osâ â¬208â â¬mototaxistas autorizados querem é a efetivaâ â¬ação dos agentes de trânsito na fiscalização e repressão ao serviço clandestino.â ⬓Não abrimos mão do combate ao trabalho irregular.â â¬Vamos até as últimas consequências,â â¬com manifestações,â â¬ações na justiça.â â¬Nosso direito tem que prevalecer.â â¬Até apelar para oâ â¬governador eu vouâ”â¬,â â¬disse o líder sindical a esteâ â¬Diário.
A atuação clandestina éâ ⬓um problema muito graveâ”â¬,â â¬destacou o presidente do Sindicato.â â¬Ele afirmou que o alto número de irregulares nas ruas causa desequilíbrio com a concorrência desleal no setor,â â¬impedindo que alcancem um faturamento razoável.â ⬓A clandestinidade tira da gente na faixa deâ â¬70â â¬aâ â¬80%â â¬de rendaâ”â¬,â â¬enfatizou.â â¬O rendimento achatado impede que uma parcela dos credenciados cumpra requisitos estabelecidos na lei que regulamentou a atividade em Corumbá.â â¬Um deles é o que determina o uso de motocicletas com até cinco anos de fabricação.
â“â¬Saímos muito prejudicados com o serviço clandestino.â â¬Somos obrigados a trocar de moto a cada cinco anos.â â¬Foi regulamentado e o Contran vai permanecer com a exigência.â â¬A gente pega financiamento com um Banco,â â¬eles financiam emâ â¬36â â¬meses.â â¬Depois,â â¬você tem mais dois anos.â â¬Passa rápido,â â¬ai já tem que trocarâ”â¬,â â¬argumentou Francisco de Assis.
O presidente do Simtac afirmou que ele é um dos mototaxistas autorizados que passam por este problema.â ⬓Se a moto é nova,â â¬o profissional está pagando a prestação.â â¬No meu caso,â â¬eu estou com uma moto velha e vivo dependurado em oficina.â â¬O que eu gasto em oficina,â â¬dá para pagar outra.â â¬Vou ter que pagar outra.â â¬Eu estou tentando tirar uma moto.â â¬O serviço é caro,â â¬e você é obrigado a competir com quem não paga nadaâ”â¬,â â¬disse ele.
A categoria,â â¬reforçou o sindicalista,â â¬quer o fim do exercício ilegal da profissão.â ⬓Para o serviço é preciso ter ponto e os clandestinos têm.â â¬É ir lá e acabar com o ponto.â â¬As mesmas pessoas estão láâ; â¬todo dia,â â¬saem e voltam,â â¬pegam passageiros,â â¬então é irregular.â â¬O primeiro plano deveria ser acabar com os pontos clandestinos pela cidadeâ”â¬,â â¬finalizou.