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No dia do feirante, consumidores revelam preferência pelas feiras livres

Camila Cavalcante em 25 de Agosto de 2009

Marcos da Silva

Nas feiras livres, consumidores encontram variedade de produtos

A primeira feira ao ar livre feita no Brasil, foi em 25 de agosto de 1.914, em São Paulo, no Largo General Osório. A partir desta data, todo dia 25 do mês de agosto, comemora-se o dia do feirante. A feira surgiu pela necessidade dos produtores em aproveitar as sobras dos produtos que eram vendidos aos mercados, restaurantes e grandes consumidores. A ideia então foi juntar os produtos que sobravam e vendê-los à população por um preço mais baixo. Em 1914, o prefeito de São Paulo, Washington Luis, decretou no ato 625 que ficariam permitidas as feiras. Hoje,elas seguem as determinações da Lei nº 492/84.

As primeiras feiras vendiam apenas produtos alimentícios, frutas, verduras e legumes, com o passar do tempo e o aumento da freguesia, alguns comerciantes começaram a levar seus produtos para a feira, como o artesanato, as roupas, os calçados, salgados, serviços de conserto, em geral, o que for de serventia para a população, com certeza você encontrará em uma feira.

Em Corumbá, elas acontecem de segunda a segunda, cada dia é realizada em um bairro diferente, para que toda a população tenha acesso aos produtos fresquinhos. Geralmente as feiras ocorrem durante o dia, no período da manhã, das 07h às 12h porém, uma vez por semana, no sábado, ela acontece no período da noite, das 17h às 21h no bairro Maria Leite.

No domingo, uma grande feira é formada na rua Ladário com a Dom Aquino. Encontramos produtos diversos, verduras, legumes, frutas, roupas, sapatos, brinquedos, utensílios domésticos, utensílios usados, relógios, aparelhos eletrônicos, materiais escolares, materiais automotivos, artesanato, de tudo um pouco encontramos pela feira.

Para conseguir trabalhar na feira é preciso tirar um alvará na Prefeitura, isso torna a concorrência grande, às vezes os feirantes chegam a combinar preços dos produtos, para ninguém sair prejudicado. A presença dos feirantes bolivianos também aumenta a concorrência entre os vendedores, porém, ela não é vista com maus olhos, como diz o feirante Evaldo Mendes da Silva, 37. “ Trabalho como feirante há 20 anos, e sempre trabalhei com frutas e aqui na feira há espaço para quem quiser vender. Não há disputa de vendas, quanto mais opções, melhor para os consumidores.” 

Os consumidores preferem a feira porque oferecem melhores preços, e há maiores opções de produtos, além do ar caloroso, pois em dia de feira, é dia de encontrar os amigos, comer um pastel e colocar o papo em dia. Há pessoas que nem sempre visitam as feiras, mas em relação a alguns produtos, preferem os de feira que os de mercado, como a professora Rita Maria Viana de 44 anos. “ Não tenho o hábito de vir constantemente à feira, mas o feijão, tem que ser exclusivamente dela, primeiro porque encontro facilmente, as feiras têm livre acesso e maior comodidade, e depois pela qualidade do produto”.

Os feirantes trabalham duramente para oferecer ao consumidor serviços e produtos de qualidade, como declara a feirante Cleide Maria do Carmo, 42. “ Acordo às 06h todos os dias, de segunda a segunda, já fazem três anos. Vendo produtos de beleza, e consigo me manter e atender diretamente os fregueses, sem fazê-los olhar catálogos e  esperar pela chegada do produto. Eles se sentem satisfeitos, e eu também.”