Elzevir Padoin, de 60 anos, foi executado com seis tiros na cabeça
Midiamax em 27 de Abril de 2011
Nicanor Coelho/Midiamax
Empresário não teve tempo de acionar o portão e foi assassinado a queima-roupa
O empresário Elzevir Padoin, de 60 anos, foi executado com seis tiros na cabeça no início da noite desta terça-feira em frente ao portão da sua casa, localizada na esquina das ruas Hayel Bom fazer e Olinda Pires de Almeida, em Dourados.
Padoin atuava no ramo de cereais e em 2006 esteve envolvido no caso "Campina Verde", e conforme informações da polícia ele foi assassinado a queima-roupa antes de acionar o botão do portão de elevação da garagem.
O empresário nem chegou a sair do seu veículo, um Corola preto com placas HTH 1818. O pistoleiro aproximou e disparou seis vezes na cabeça dele. Depois de mais de 30 dias sem registrar um assassinato, a Polícia já trata o caso como "execução sumária".
Conforme inquérito da Polícia, entre os anos de 2000 e 2005, várias empresas "laranjas" ligadas a Cerealista Campina Verde de Dourados movimentaram cerca de R$ 1,8 bilhão chegando a sonegar aproximadamente R$ 180 milhões em ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e outros tributos federais.
Além de Padoin, estavam envolvidos no esquema de sonegação Aldecir Pedrosa, Israel Santana, Carmem Cristina Zimmerman, Aurélio Rocha, Jorge do Nascimento Rilho, Nilton Fernando Rocha, Volmar Aristoly Fernandes Lopes, Nilton Rocha, José Américo Maciel das Neves, José Mauro Candido de Almeida, Roberto Donizeti Lopes Bueno, Cassio Bazalia Dias, Roberto Ferreira, Miguel Catharini Neto e Dirceu Bortolanza. Os contabilistas Paulo Roberto Campione e Milton Carlos Luna também estavam envolvidos no esquema.
Conforme informações do Ministério Público, os dois contabilistas e os demais envolvidos abriam empresas laranja para comercializar grãos sem recolher os tributos, sendo que depois de dois anos de "uso" a empresa era fechada e outra era criada para dar continuidade ao esquema.