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Acessibilidade: Infraero capacita funcionários e comunidade aeroportuária

Lívia Gaertner em 09 de Novembro de 2010

Fotos: Anderson Gallo

Curso trata de situações de atendimento às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida

Em Corumbá, infraestrutura adaptada segue padronização aplicada pela Infraero em todo o País

Um curso no Aeroporto Internacional de Corumbá, está capacitando cerca de 60 pessoas, entre funcionários do aeroporto, representantes da Aeronáutica, Corpo de Bombeiros, além das companhias aéreas, lojistas, locadoras de veículos e empresas de táxi aéreo para a questão da acessibilidade.

O curso, promovido pela Infraero (Empresa Brasileira de InfraEstrutura Aeroportuária), trata de situações de atendimento às pessoas com deficiência (física, sensorial – auditiva e visual, intelectual e múltipla) ou mobilidade reduzida (idosos, obesos, baixa estatura, enfermos, gestantes, lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo, entre outros). O treinamento aborda desde a política de acessibilidade da empresa, passando por temas de direitos humanos, legislação, segurança até a parte prática, que envolverá a realização de um simulado de atendimento, previsto para ocorrer na sexta-feira, dia 12, quando deve ser encerrada a capacitação.

O relato de experiências também é parte integrante do curso, conforme explica o superintendente da Infraero em Corumbá, Carlos Alberto Fonseca Rocha. “Na sexta -feira, vamos fazer o fechamento com uma pessoa com deficiência e das dificuldades que ela enfrenta no dia  a dia aqui na cidade. Assim, as pessoas que estão participando do curso vão elevar a percepção do quanto foi importante elas receberem esse treinamento”, disse.

Ainda segundo Carlos Alberto, o treinamento de pessoal é tão importante quanto a disponibilidade de uma infraestrutura adequada para atendimento de pessoas que necessitem dos recursos da acessibilidade.

“Não adianta, não basta a gente ter somente a infraestrutura para acessibilidade, nós temos que estar preparados para atender essa grande gama de pessoas que precisam ter acesso igual a todos os serviços que um aeroporto oferece. Nós temos a infraestrutura e agora estamos treinando as pessoas para trabalhar”, afirmou ao lembrar que existe desde 2008 uma resolução expedida pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) que regulamenta este tipo de atendimento nos aeroportos do país, além do decreto -lei 5296/2004, que trata da acessibilidade no país.

Rosangela Lopes, supervisora do curso, explica que esta mesma atividade está sendo realizada simultaneamente na cidade de Salvador, capital da Bahia. Ela afirmou ainda que a Infraero dispõe de 25 funcionários que desenvolvem este tipo de curso pelo Brasil. Conforme Rosangela, está em crescimento no país um nicho do turismo para qual a sociedade deve se preparar. “É um novo mercado, o turismo acessível, voltado para pessoas que precisam de estruturas e atendimento diferenciado. Em Joinville, por exemplo, existe um barco de pesca adaptado. Quando andamos pelo país, a maior reclamação que ouvimos das pessoas é a que falta esse tipo de serviço”, comentou ao lembrar que, nos aeroportos nacionais, a infraestrutura para atendimento está padronizada.

“Todos os aeroportos do Brasil estão muito padronizados quanto a acessibilidade. Não é simplesmente ter uma sinalização, um balcão rebaixado, ter piso tátil, é a pessoa (funcionário) estar preparada. A Infraero está trabalhando pesadamente nisso, realmente a empresa está comprometida: infraestrutura junto com a parte humana, daí podemos dizer que estamos trabalhando acessibilidade”, afirmou a este Diário.