Fonte: Agência Graffo em 21 de Outubro de 2010
Agência Graffo
A cena de um crime contém muitos elementos que podem ajudar a contar a história de uma ocorrência e, muitas vezes, mostrar seus reais culpados. Atualmente, os peritos utilizam ajuda até mesmo de um inseto, que pode ajudar a elucidar um crime. É a chamada entomologia forense, uma ciência aplicada que tenta determinar a data e até causas de morte de seres humanos através dos insetos que colonizam o cadáver. O coordenador do curso para a Polícia Civil de São Paulo, o perito criminal Edilson Nakaza, afirma que as informações coletadas com os insetos têm valor de prova numa investigação criminal. Atualmente, uma das maiores autoridades em entomologia do país é a bióloga da Unicamp, Patricia Jacqueline Thyssen.
As aplicações da entomologia forense são variadas. Além de determinar o período de tempo entre a morte e o descobrimento do cadáver com a análise de larvas e insetos, a técnica também pode ajudar no combate ao tráfico de drogas. A maconha, por exemplo, contém vários fragmentos de insetos e de solo. Com a sua identificação é possível descobrir a origem da droga, já que determinados insetos só existem em algumas áreas, como na Bolívia ou Nordeste.
Em crimes ambientais, o conteúdo do estômago dos insetos mortos também pode ser estudado para descobrir os agrotóxicos ou substâncias químicas presentes na região. Em mortes difíceis de encontrar a causa, os insetos podem auxiliar. As moscas são, muitas vezes, as primeiras a estar no local de um homicídio. Elas preferem um cadáver úmido para as larvas se alimentarem. Já os besouros são geralmente encontrados nos cadáveres quando se encontram mais decompostos.