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Horta Comunitária produz verduras e integra moradores

Fonte: Assessoria de Imprensa em 15 de Outubro de 2010

Fotos: Divulgação

Comunidade do Alta Floresta colhe a primeira produção de verduras

Engenheiro agrônomo da Embrapa Pantanal, Marçal Jorge, estimula maior participação

Lançada em agosto pela Prefeitura, com apoio de parceiros, a Horta Comunitária Alta Floresta começa a render seus primeiros frutos, após dois meses de atividades na Associação dos Militares da Reserva da Marinha (AMR) em Ladário. Trata-se de um projeto coordenado pela Secretaria de Integração de Políticas Sociais (Semips), com patrocínio da Vale Mineradora e apoio técnico da Embrapa Pantanal e da AMR. Estão inscritas 35 pessoas no curso que vai até dezembro.

As primeiras verduras já estão sendo colhidas para consumo próprio e serão apresentadas em uma feira do Dia no Campo, marcado para 4 de novembro na AMR. “No Dia no Campo serão discutidos três eixos temáticos como papel da Horta Comunitária – o orgânico, o social e o econômico”, destacou o assessor executivo da Semips, Alexandre Ohara.

A Horta Comunitária é encarada como fonte de inclusão social, geração de renda e emprego para a comunidade. Três engenheiros agrônomos da Embrapa Pantanal dão apoio técnico aos inscritos no projeto, a maioria donas de casa, moradoras dos bairros Alta Floresta I e II, onde fica a Associação dos Militares da Reserva da Marinha. Em agosto, eles demarcaram o espaço, formaram os canteiros e iniciaram a plantação. Neste mês já estão colhendo rúcula, preparada na salada que acompanhou o arroz carreteiro servido durante o encontro desta quinta-feira, 14 de outubro, na AMR.

Além de rúcula, cultivam-se na Horta Comunitária Alta Floresta o alface, couve-flor, hortelã, cebolinha, salsinha e coentro. “Os resultados são muito bons, falta apenas maior integração dos participantes, porque em breve eles vão tocar esse projeto sozinhos”, analisou o engenheiro agrônomo da Embrapa Pantanal, Marçal Henrique Jorge.

Cada um dos inscritos recebeu uniforme e um kit contendo uma bolsa produzida como material reciclado, caderno de anotações, caneta e um copo plástico. Além das orientações de plantio, eles recebem noções básicas sobre a preservação do meio ambiente e o aproveitamento de materiais recicláveis. Copos e sacos plásticos descartáveis não estão sendo usados durante o curso, cada um terá seu copo.

Emannuelly Pereira de Barros, assessora da Semips, coordena o projeto. “O envolvimento da comunidade é fundamental”, ressaltou. “O Dia no Campo será importante para avaliarmos a experiência e mostrarmos o quanto ainda podemos avançar”, afirmou Emannuelly. O projeto cria condições para que as donas de casa freqüentem o curso, oferecendo atividades de recreação para os filhos, que também recebem noções de plantio e preservação do meio ambiente.

Vida comunitária reduz violência

Os índices de violência doméstica diminuem na medida em que as donas de casa têm a possibilidade de se integrarem à comunidade por meio de uma ocupação. Quem chega a esta conclusão é o delegado de Polícia Civil de Ladário, Gustavo Bueno. “A bebida, a droga e desentendimentos entre casais jovens estão relacionados atualmente aos maiores índices de violência doméstica, por isso encorajamos a mulher a ter vida própria e a estabelecer um vínculo com a comunidade”, afirmou Bueno.

“Nesse aspecto, o projeto da Horta Comunitária é relevante por proporcionar a vida em comunidade e ainda gerar renda e emprego”, acrescentou. O delegado realizou palestra aos integrantes da Horta Comunitária ao lado de sua equipe, os investigadores de polícia Virginio Maciel Neto, que também integra o PAIR ladarense, e Diviane Rosa Bueno, responsável pelo Núcleo de Atendimento à Mulher na Polícia Civil de Ladário. Bueno recomendou que qualquer tipo de violência doméstica ou sexual contra a mulher e à criança sejam comunicadas anonimamente para o telefone 3226-1090 da Polícia Civil.

“Aquele ditado de que em briga de homem e mulher ninguém mete a colher é coisa do passado. Tem de meter a colher sim, e denunciar, porque amanhã a violência pode entrar dentro da sua própria casa”, alertou o delegado.