Rosana Nunes em 15 de Janeiro de 2025
Divulgação/Marinha do Brasil
Resgates com emprego de aeronaves reduzem tempo de deslocamento até o atendimento médico
Quedas de cavalos, problemas no parto, acidentes com picadas de cobra e outros animais, fraturas ósseas e crises renais, foram alguns dos problemas de saúde enfrentados por ribeirinhos que vivem em regiões isoladas, distantes qté 200 quilômetros da área urbana das cidades.
São longas horas que a população ribeirinha enfrenta pelo rio Paraguai em busca de atendimento médico. Mas, em situações graves e de emergência, militares da Marinha do Brasil entram em ação para resgatar pacientes e trazê-los para Corumbá.
As solicitações de resgate em casos de urgência médica são recebidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, que, após constatar que a região é de difícil acesso ou inviável via terrestre, aciona o apoio do 6º Distrito Naval.
Entre os casos de resgate, destacam-se o caso de um bebê de um ano, que apresentava quadro de febre, diarreia e desidratação, e cinco partos, sendo um deles de uma ribeirinha de 13 anos. “Tínhamos a informação de uma gestante possivelmente em trabalho de parto. Quando chegamos ao local, em uma região a 70 km de Ladário, fiz os primeiros atendimentos. A adolescente já estava em trabalho de parto ativo, com frequência e duração das contrações altas, além de 8 centímetros de dilatação. Foi preciso agilidade e análise se daria tempo de chegarmos até a maternidade, mas conseguimos levá-la com segurança até a Santa Casa de Corumbá”, contou o segundo-tenente (médico) Matheus De Oliveira Morais, que serve no Hospital Naval de Ladário. “São experiências significativas para minha carreira como médico e distantes da realidade que vivemos na faculdade. Temos que realizar o primeiro atendimento em áreas remotas, sem estrutura e suporte”, explicou.
Divulgação/Marinha do Brasil
Solicitações de resgate em casos de urgência médica são recebidas pelo Corpo de Bombeiros Militar, que aciona a Marinha
“Foi uma experiência marcante, principalmente por ser minha primeira evacuação aeromédica. Era época de queimadas no Pantanal e a visibilidade estava muito baixa por causa da fumaça. Não sabia se conseguiríamos cumprir a missão e se o local era adequado para pousos. Ajudei o médico a desembarcar e auxiliei no deslocamento do paciente até a aeronave, com muito cuidado, pois ele apresentava fratura nas costelas. Retornar à minha cidade natal, onde iniciei minha vida militar como marinheiro-recruta, e agora poder colaborar diretamente com a população local é algo que me traz uma enorme satisfação pessoal”, finalizou.
Com informações da assessoria de imprensa do Comando do 6º Distrito Naval.
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