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Estelionatários fazem várias vítimas de golpes pela internet num único dia em Corumbá

Leonardo Cabral em 27 de Fevereiro de 2024

Reprodução/ Internet

Golpes foram registrados em Corumbá

Com o alcance e a facilidade dos cliques hoje em dia, muitas pessoas acabam compartilhando, mesmo sem saber, dados pessoais pela internet, seja em sites de lojas, em redes sociais, o que é mais comum, ficando sob a “mira” de estelionatários, que aproveitam para aplicar golpes. 

Em Corumbá, nesta terça-feira (27), várias pessoas postaram ou registraram nas redes sociais que foram vítimas dos golpistas ao terem dados clonados. Boa parte teve o número de celular, que é também associado ao aplicativo do WhatsApp, como ferramenta para os golpes.

Diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Ana Cláudia Boabaid, foi uma das vítimas. Ela contou ao Diário Corumbaense, que além do número de celular, associado ao WhatsApp, teve o e-mail invadido. .

“Foi na parte da tarde, tinha uma reunião às 15h, fui descansar, e, nesse momento, percebi que meu telefone não estava carregando, mas ficou vibrando, o que me causou estranheza e vi que a bateria estava descarregando rapidamente. Ao mesmo tempo, minha filha entrou no quarto e disse que uma tia dela avisou que meu celular havia sido clonado. Fui então olhar o aparelho e não consegui abrir mais nada. Não consegui reativar minha conta e também percebi que entraram no meu e-mail. Foi muito rápido o modo que agiram, e, infelizmente uma pessoa que está nos meus contatos foi vítima e transferiu supostamente para meu Pix, mais de R$ 1.000,00”, contou ao mencionar que o estelionatário estava pedindo dinheiro em seu nome.

A vendedora de loja, Jogiane Rondon, também foi vítima dos golpistas. Ela disse que recebeu uma mensagem com um link de uma amiga que é sua cliente. Em seguida, uma ligação, onde a pessoa se identificou como representante do site de vendas, porém, estranhou, e ligou para a amiga, momento em que não teve mais controle do aparelho.

“Foi quando liguei para ela pelo WhatsApp, que meu celular ficou descontrolado, já não tinha mais controle de nada. Os meus contatos começaram a perceber também, pois postei nas redes sociais o que estava acontecendo, e eles começaram a denunciar. Os golpistas estavam pedindo transferência via Pix em meu nome, fiquei muito assustada, pois tenho muitos contatos, a maioria clientes que compram comigo na loja em que trabalho. Foi desesperador”, relatou Jogiane que completou: “fui na loja da operadora da minha linha e só lá tinha mais de cinco pessoas com o mesmo problema que o meu”, revelou.

Quase da mesma forma, Léa Maria Corrêa Calábria Teixeira também foi vítima. Ela falou que aconteceu na hora do almoço, quando recebeu uma mensagem do contato de um pai de uma coleguinha de escola da filha, onde dizia que precisava de dois contatos para fazer um anúncio em um site de vendas, momento em que ela, ao pensar que estava ajudando, disse que sim e em seguida receberia uma ligação. Mas, momentos depois, o golpe aconteceu.   

“Depois disso, recebi uma ligação do número de São Paulo, e falou normalmente confirmando a informação que estava na mensagem, dizendo que era do site de anúncios e que o pai da amiguinha da minha filha havia passado o contato e que ele estava fazendo o cadastro no site, pois havia passado meu contato também. Até aí, tudo bem, sem nenhum problema, comecei a conversar. Me disse que a cada anúncio que ele fizesse precisaria gerar uma senha e pediu uma senha para que eu passasse, atendendo, passei a senha. Seguindo, pediu meu e-mail, como estava no trânsito, também passei, quando ele deve ter relacionado essas senhas com meu WhatsApp, pedindo para confirmar o acesso em um link, onde confirmei, entrei rapidamente e digitei a senha. Quando fiz isso, não tive mais acesso de nada no meu aparelho e fui saber que a mesma mensagem que recebi do pai da amiguinha da minha filha, eu, estava enviando para outras pessoas”, contou Léa.

Ela disse também que passaram a pedir dinheiro por meio de Pix, para os contatos, e duas pessoas caíram. “Sei que dois contatos foram vítimas e perderam aproximadamente 900 reais”, lamentou.

Além de utilizar técnicas que burlam a segurança dos aplicativos, os criminosos também apelam para o lado afetivo para aplicar os golpes. Usam fotos de perfis das vítimas ou de conhecidos mais próximos, como mãe, pai, irmão, avós, netos, entre outros.

Uma das maneiras de evitar

Especialistas afirmam que uma maneira de impedir as invasões é deixar o aparelho, seja celular ou computador, sempre atualizado. Lembrando que o Pix possibilita pagamentos digitais e transferências bancárias através de chaves de acesso, como CPF, e-mail, número de telefone.

O delegado regional da Polícia Civil de Corumbá, Fabrício Dias dos Santos, em entrevista a este Diário, deu algumas dicas de como as pessoas podem evitar os golpes pela internet e o que deve ser feito, caso caiam na cilada. Ouça as orientações:

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