Diocese de Corumbá abre Campanha da Fraternidade pedindo amizade e respeito entre todos

Com a tradicional caminhada, a Diocese de Corumbá, abriu no domingo, 18 de fevereiro, a Campanha da Fraternidade na região. Este ano, o tema é "Fraternidade e Amizade Social", e o lema é "Vós sois todos irmãos e irmãs".

Centenas de fiéis participaram da caminhada, que teve como ponto de partida o Ginásio Poliesportivo, na Avenida Porto Carrero. Para o bispo Emérito de Barra do Piraí – Volta Redonda, Dom Francisco Biasin, de 80 anos, nomeado pelo Papa Francisco como Administrador Apostólico da Diocese de Corumbá, o momento representa união. 

“O que mais falta não só no Brasil, como no  mundo inteiro é a capacidade de convivência. Nós, nas últimas décadas fomos muito influenciados por causa de ideologias, partidos, política, isso entrou nas igrejas também. Então, os bispos do Brasil acharam por bem fazer a Campanha da Fraternidade não olhando um problema social, mas talvez um dos problemas maiores que tem a humanidade e sociedade que é a falta de fraternidade, encontro, diálogo. Cada um fica relegado no seu canto e não abre horizontes para um bem comum, que as pessoas deveriam colaborar para ter”, disse o bispo ao Diário Corumbaense.

Para ele, “Amizade Social”, tem um significado importante. “Vai além das amizades corriqueiras, do círculo de amizade, ou seja, tenho que ter amizade com todos. Essa capacidade de encontro ajudará a superar esse fechamento no qual muitas pessoas vivem incapazes de abrir horizonte. Temos que ter olhar para aqueles que precisam e pensam diferente. Tem uma frase na escritura: ‘não desvie o olhar daquele que é faminto e maltrapilho’, você desprezaria sua própria carne? Grupo sanguíneo está na China, Ásia, Europa, África, podemos ser de raça e cor diferentes, porém, precisamos uns dos outros sempre. Ter um olhar para o próximo que não seja de diferença, mas, sim, de proximidade. A riqueza interior de uma pessoa é abrir as janelas, portas e dar abraço, as mãos, porque só assim que a gente consegue superar e viver”, ressaltou Dom Francisco Biasin.

Durante o trajeto, até o Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, na área central de Corumbá, houve duas paradas para reflexão.

Participando após alguns anos, Cléia Rodrigues de Oliveira, estava acompanhada da irmã. Ele destacou que o tema este ano da campanha é muito pertinente.

“É um tema importante, temos percebido muito ao longo desses tempos as questões da amizade e o olhar para outro que tem se perdido. As pessoas estão perdendo a capacidade de conviver uns com os outros, seja no trabalho, ambiente familiar. Vim para essa caminhada por gratidão, acho que depois da pandemia temos que ser gratos, representa melhorar mais, tentar fazer mudança interna, mantendo o convívio e o respeito sempre”, falou Cléia Rodrigues.

Maria do Carmo Martins, disse que todos os anos participa da caminhada e estar ali, representa um chamado de Deus. "É uma coisa de Deus que não tem nem como muito explicar, bom estar convivendo e compartilhando este momento. Sobre o tema, para mim, não tem cor, raça, todos nós somos iguais, somos seres humanos”, mencionou.

De acordo com a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), a campanha deste ano busca fazer um caminho quaresmal em três perspectivas: incentivar as pessoas a verem as situações de inimizade; impulsionar as pessoas a iluminar-se pelo Evangelho que as une como família; agir conforme a proposta da Quaresma de uma conversão constante, promovendo o esforço para uma mudança pessoal e comunitária.

Quaresma

Os cristãos também iniciaram na quarta-feira de cinzas o tempo da quaresma, um período de preparação para a Páscoa, data mais importante do calendário litúrgico da Igreja Católica.

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