Com morte de agricultor, autoridades bolivianas pedem atenção sobre hantavírus

Um agricultor boliviano, de 49 anos, morreu vítima da hantavírus, confirmou o vice-ministro de Promoção e Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Max Enríquez. A morte ocorreu em 02 de outubro, 48h, após o paciente ser internado na cidade de Pailon, que fica a poucos quilômetros de Santa Cruz de la Sierra, passando pelo trecho da estrada Bioceânica, que liga a Bolívia ao Brasil.

Com este caso, o país vizinho contabiliza 18 casos confirmados este ano. Destes, 7 foram registrados em La Paz, 5 em Santa Cruz, 3 em Cochabamba e 3 em Tarija.

Enríquez explicou que o hantavírus é uma doença infecciosa transmitida por roedores. Por isso, as autoridades de saúde apelam aos moradores que vivem em locais considerados endêmicos para que tomem cuidados extremos contra o hantavírus.

O pedido ocorre pelo fato de que, durante os períodos de seca e chuva os roedores selvagens costumam migrar para áreas urbanas em busca de alimentos, o que aumenta o risco de contágio da doença.

O vice-ministro ainda recomendou, por meio de entrevista ao jornal El Deber, que a população proteja alimentos, principalmente os grãos e outros que ficam armazenados. Além disso, pede que se mantenha o entorno das residências limpo e o controle dos roedores com o uso de produtos químicos, como raticidas e rodenticidas.

A doença

Hantavírus é uma doença viral, transmitida pelos roedores às pessoas. O vírus pode causar infecções graves nos pulmões (com tosse e falta de ar) ou nos rins (com dor abdominal e, por vezes, insuficiência renal).

O hantavírus é contraído ao respirar os excrementos de roedores da selva ou rurais. Os sintomas são: febre, falta de ar, dores musculares, dor de cabeça e mal-estar geral. Caso ocorra, a pessoa deve ir ao médico, pois, se não for diagnosticada a tempo, a doença pode levar à morte.