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Festival Paralímpico 2023 celebra a inclusão pela segunda vez em Corumbá

Leonardo Cabral em 23 de Setembro de 2023

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Abertura do Festival Paralímpico em Corumbá

O ginásio Poliesportivo, na Avenida Porto Carrero, centro de Corumbá, recebeu neste  sábado, 23 de setembro, a segunda edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa. O evento reuniu crianças e jovens, com deficiência ou não, para reforçar a importância da inclusão e mostrar que todos podem, conseguem e devem fazer atividades físicas, ainda mais no âmbito paralímpico. A primeira edição foi em maio deste ano.

O professor Rafael Arnaldo Junior, coordenador técnico do evento, disse que a ação é importante para Corumbá, pois visa observar as potencialidades da pessoa com deficiência e não a sua dificuldade.

“No estereótipo da deficiência é muito fácil serem observadas as dificuldades, mas as potencialidades da pessoa acabam sendo deixadas de lado. Então, o esporte vem para provar que a pessoa com deficiência é capaz. Aqui trabalhamos a busca do direito de pessoas com deficiência. É comum que a família deixe ‘dentro de uma bolha’ a pessoa com deficiência, protegendo ao máximo, não deixando a convivência, mas a sociedade tem que estar preparada para receber a pessoa com deficiência. Porém, para que ela esteja preparada, a família tem que prepará-la para viver em sociedade, temos leis, regras, comuns para todo mundo”, disse Rafael.

Durante o festival, as crianças vivenciaram modalidades paralímpicas, por meio de atividades demonstrativas e lúdicas, acompanhadas de profissionais de Educação Física e voluntários. As modalidades foram: Judô; Tênis de Mesa; Bocha Paralímpica e Atletismo.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Jane faz questão que Verônica aproveite ao máximo oportunidades como as do Festival

Empolgada, Jane Esquer de Sousa, de 49 anos, veio com a filha, Verônica Janaína Esquer de Figueiredo, de 23 anos, para participar do judô, atletismo e tênis de mesa. Ela tem síndrome de Down e a mãe faz questão de frisar que isso não é impedimento para que participe, se referindo ao festival, como um evento de extrema importância.  

“Vejo aqui mais um passo para o desenvolvimento dela e de todas as crianças com deficiência. Agora que sou professora de educação inclusiva e de educação física, vivencio tudo isso também, relevando a importância para o desenvolvimento, crescimento e conhecimento deles. Alguns pais ficam acanhados, isolados, não levam para participar, mas eventos como este, em que podemos trazer nossas crianças para que elas se envolvam e participem, reafirmam cada vez mais que elas podem, conseguem e devem fazer”, disse Jane.

Animada, Gleicyanne da Silva Romão, de 27, acompanhou o filho, Jonas Ewerton Junior Romão Alves, de 12 anos. Ele tem paralisia cerebral e veio para a disputa de bocha. Junto com a outra filha, Dafny Helena, de nove anos, a mãe estava bastante emocionada.

Leonardo Cabral / Diário Corumbaense

Gleicyanne e o filho, Jonas Ewerton Junior

“É o que faz a pessoa que tem deficiência se sentir incluída e mostra que ela é capaz. Meu filho é capaz. Estar aqui, é um grande estímulo e trouxe a minha filha porque ela acompanha e é importante para ele. Estou muito feliz por eles”, mencionou Gleicyanne. 

Já Kassilene Soares, de 31 anos, também estava animada. Ela diz que quando pode, sempre participa de atividades não só por ela, mas por todos os colegas.

“O esporte é minha fisioterapia e mostra minha capacidade, meu talento, não gosto de ficar parada. Faço tudo isso aqui por mim e por todos os meus colegas, é uma gratidão, porque tem amigos meus que são cadeirantes e eu faço por eles também. Eu topo tudo, qualquer esporte que for possível fazer, eu faço. Fico feliz em estar aqui, mostrando que não podemos ficar parados, não podemos ficar só comendo e dormindo, temos que nos movimentar", incentivou.

O Festival

Leonardo Cabral / Diário Corumbaense

Kassilene: "o esporte é minha fisioterapia e faço pelos meus amigos também"

A primeira edição do Festival, em 2018, foi realizada em 48 cidades com a participação de mais de 7 mil crianças. Em 2019, o evento teve 70 sedes e atendeu mais de 10 mil crianças. A edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia de Covid-19 e, em 2021, o Festival Paralímpico foi retomado, tendo continuidade em 2022 e, agora, em 2023.

O Festival Paralímpico 2023 é uma realização do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em parceria com a Prefeitura de Corumbá, por meio da Fundação de Esportes de Corumbá (Funec). Conta com patrocínio do Governo Federal e Loterias da Caixa.

O evento ocorre em setembro por causa da celebração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21) e ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22). 

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