Leonardo Cabral em 24 de Agosto de 2023
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Festejos começaram com celebração de missa em espanhol
O palco para receber os devotos foi a praça Nossa Senhora de Urkupiña, antiga feira Brasbol, que fica na esquina das ruas Edu Rocha e Cuiabá, local onde também está concentrado grande número de comerciantes bolivianos que vivem no município pantaneiro.
Uma missa, celebrada em espanhol pelo padre Khac, deu início aos festejos à santa. Em destaque no altar, a imagem da Virgem de Urkupiña, era ladeada por Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, uma interação dos povos sul-americanos fronteiriços.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense No altar, imagens da Virgem de Urkupiña e de Nossa Senhora Aparecida
Toda a festa fica sob responsabilidade de um casal, que ao longo do ano, prepara a festa até a chegada do momento das celebrações. Este ano, os “pasantes”, como são chamados, foram Alfredo Malqui e Soledad Torrico. Após a celebração da missa, eles foram saudados pelos devotos e curiosos.
“Agradecemos pelas bênçãos alcançadas. Foi um ano de preparação da festa e ver todos aqui, celebrando, é realmente especial. Começamos com a festa em Corumbá e depois da missa, temos as danças pelas ruas da cidade até a Bolívia, onde as comemorações seguem com muita fé e animação. Que essa tradição siga e que a cada ano possamos fazer uma festa bonita”, falou Alfredo Malqui ao Diário Corumbaense.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Músicos vieram da Bolívia para ditar o ritmo do cortejo de Corumbá até o País vizinho
Também a presença dos Caporales, originada no Departamento de La Paz, inspirada na Saya afro-boliviana, uma dança que pertence à região de Yungas. Os trajes de origem europeia, fazem com que a dança tenha um aspecto religioso proeminente e é praticada principalmente no Carnaval de Oruro.
Bastante atenta em todos os movimentos, desde a missa até a apresentação das danças, Rosania Ribeiro Lopez, de 50 anos, disse que todos os anos participa das comemorações.
“Venho e também aproveito para agradecer. Tudo isso é bonito, acompanhar as danças, a cultura boliviana, é muito bom de se ver. É um momento especial e sempre que fico sabendo dessas apresentações eu venho”, disse Rosania que trouxe a garrafa de água. "Por causa do forte calor, hidratar é a melhor coisa para não perder nada da festa”, completou com risos.
A festa segue do outro lado da fronteira, em Puerto Quijarro, onde também desfilam pela avenida principal até um salão de eventos. A comemoração segue noite adentro com comida, bebida e muita música.
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