Leonardo Cabral em 19 de Agosto de 2023
Reprodução/El Deber
Empresário preso pela Polícia Boliviana
A prisão ocorreu na sexta-feira, 18 de agosto. Além de homicídio, Jussemar também era procurado por estelionato, porte de arma de fogo, peculato, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A prisão na Bolívia
Depois de confirmar a identidade e trocar informações com as autoridades brasileiras, o homem foi entregue à Polícia Boliviana. Jussemar é acusado de matar um advogado brasileiro, em outubro de 2021, na cidade de São José dos Quatro Marcos (MT).
O comandante departamental da Polícia de Santa Cruz, coronel Erick Holguín, informou que a prisão ocorreu durante as operações de busca a Sebastián Marset, uruguaio, que é procurado por autoridades bolivianas, porém, esclareceu que o caso não tem relação com o narcotraficante uruguaio, e que Jussemar Rebuli Pinto era procurado pelo Brasil, pelo assassinato do advogado Francisco de Assis da Silva.
"Este indivíduo estava em um quarto de hotel em San Ignacio de Velasco. Sua documentação foi verificada e estabelecida por meio dela, fazendo a consulta a nível internacional com autoridades do Brasil, que confirmaram que ele tinha sentença de homicídio naquele país", disse ele.
Jussemar Pinto tem vários antecedentes criminais. De acordo com o banco de dados JusBrasil, são pelo menos 40 processos contra ele no Brasil.
"Como a Polícia boliviana tem a obrigação de garantir que atos ilegais não sejam cometidos em território e garantir a segurança de quem mora no país, foi estabelecido um trabalho através da Migração para que esse cidadão fosse expulso e entregue às autoridades brasileiras", enfatizou o coronel.
Ele explicou que Jussemar teria tirado a vida de um de seus sócios em decorrência de alguns contratos que deveria ter obtido para divulgação de obras no Brasil, mas após cometer o crime mudou-se para a Bolívia.
Crimes
Jussemar Rebuli Pinto foi alvo da Operação "Corrupção Delivery” que desarticulou um esquema de corrupção no município de Rio Branco, sobre desvio de recursos da Prefeitura por meio do lançamento e pagamento de serviços não realizados, utilizando notas fiscais emitidas pelas empresas de Jussemar.
Ele também é investigado por fraude no concurso público da Prefeitura de Mirassol d’Oeste, realizado no ano passado por uma empresa sediada em Cuiabá, onde o operador do esquema criminoso tinha, meses antes da realização das provas, a lista com a classificação nominal e a definição por colocação nos cargos do certame público.
As informações constam na análise realizada no aparelho celular de Jussemar, apontado como operador do esquema criminoso, que teve prisão decretada e estava foragido. O celular foi apreendido durante a investigação sobre o homicídio do advogado Francisco de Assis da Silva, proprietário do Grupo Fassil, em São José dos Quatro Marcos.
Com informações El Deber e TM Notícias.
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