PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Temido chefe de pistoleiros da fronteira é executado com 33 tiros no Paraguai

Campo Grande News em 16 de Junho de 2023

Direto das Ruas/Campo Grande News

Tatuagem e perfurações de tiro no corpo de Marcio Sánchez, o “Aguacate”

O temido pistoleiro Marcio Ariel Sánchez Gimenez, o “Aguacate”, de 35 anos, está morto. Apontado como o chefe do principal escritório de pistolagem da linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS), ele foi fuzilado com pelo menos 33 tiros e seu corpo jogado enrolado num cobertor e com as calças abaixadas, numa rua da área central de Pedro Juan Caballero.

Aguacate, estava há quase quatro anos na lista de procurados da Polícia Nacional do Paraguai. Entretanto, na linha internacional, a condição de foragido nunca foi levada em conta.

Responsável pela segurança de narcotraficantes da fronteira, ele circulava livremente no lado paraguaio, acompanhado por um pequeno exército de jagunços armados com fuzis. “Andava sempre com 15, 20 seguranças em várias caminhonetes, todo mundo sabia que era ele, mas nunca foi parado pela polícia”, disse uma fonte à reportagem nesta sexta-feira (16).

O corpo do pistoleiro foi encontrado por volta de 07h de hoje na rua Blas Garay, a cerca de 200 metros do Palácio da Justiça, em Pedro Juan Caballero. Marcio Sánchez estava com as calças abaixadas. “É para humilhar, subjugar”, disse jornalista que conhece bem a realidade da fronteira.

15 de junho

Segundo peritos da Polícia Nacional, Aguacate foi morto pelo menos 12 horas antes de o corpo ser encontrado na rua, ou seja, a execução ocorreu ontem, 15 de junho, exatamente a mesma data em que o ex-patrão dele, Jorge Rafaat Toumani, foi assassinado, em 2016.

No momento do atentado a Rafaat, o mais cinematográfico da história sangrenta da fronteira, Aguacate era o responsável pela segurança do chefe narco, mas não conseguiu salvar o patrão, destroçado por tiros de metralhadora calibre 50.

Desempregado, Marcio Sánchez passou a trabalhar por conta própria. Montou grupo de pistoleiros e começou a prestar serviços de segurança para criminosos da fronteira. Entre as atribuições do grupo estava executar os rivais dos patrões e outras pessoas condenadas à morte pela máfia fronteiriça.