De janeiro a abril, rua já registrou 10 acidentes, com uma morte
Convidado em 29 de Maio de 2009
Dados da Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat) revelam que a rua Edu Rocha, que corta os bairros Nossa Senhora de Fátima e Aeroporto é a via urbana mais perigosa de Corumbá. De janeiro a abril, ela registrou 10 acidentes com vítimas, um deles com morte. Foram 7 ao longo da via e 3 na esquina com a rua América. Condutores de motos e carros apontam a esquina da rua Edu Rocha com América como um ponto de “alto risco” para motoristas e pedestres. Ali, perto da Feirinha Brasbol e da Oficina de Dança, o tráfego de carros, motos e bicicletas é intenso. Também tiveram acidentes com vítimas as ruas 21 de Setembro, Cyríaco de Toledo e rodovia Ramão Gomes. A rua Edu Rocha também é a primeira do ranking quando se trata de número de vítimas (condutores, pedestres ou ciclistas) no local. Ao longo da via, que possui mão dupla e tráfego intenso e rápido, como o de uma avenida, foram 8 vítimas não fatais. Só na esquina da Edu Rocha com América foram 5 vítimas. Em 8 anos, o número de acidentes dobrou no trânsito de Corumbá, saltando de 388 no ano 2000 para 844 em 2008, de acordo com a Agetrat. A frota de carros saltou de 10.565 para 22.378 em oito anos e quatro meses. De moto, cresceu de 1.908 para 7.413 no mesmo período. Quem trabalha na rua Edu Rocha, como o servidor municipal Vandoir Lopes da Silva, funcionário da Oficina de Dança, sugere mudanças na via. “Falta um semáforo trifásico na esquina com a América, uma faixa de segurança para as crianças que saem da Oficina de Dança e maior fiscalização nos carros que estacionam aqui em frente a feirinha Brasbol”, acentuou Vandoir, que há cinco anos transita pelo local com sua moto de 150 cilindradas. “Quando há carros estacionados, a rua fica quase intransitável, pois já é muito movimentada”. Vandoir acredita que “imprudência e bebedeira” caminham juntas com os acidentes no local. “Este ano eu vi um acidente estúpido aqui na Edu Rocha. Vinham uma motociclista e um ciclista no sentido Centro-bairro, na mesma pista. De repente o ciclista fechou a moto, que não teve tempo de frear e bateu no ciclista. Quando fomos ver, o ciclista estava de fogo”, contou. “Eu mesmo, de moto, já bati de leve num senhor alcoolizado, que saía da feirinha. Ainda bem que eu vinha devagar e ele nada sofreu de grave”, acrescentou. Segundo Vandoir, há uma placa proibindo a conversão de carros à esquerda para a alameda da feirinha Brasbol. “Mas ninguém respeita”, lamentou. Fábio da Silva Baroa, que há seis anos trabalha como lavador em um lava-jato na esquina da Edu Rocha com América, disse que o cruzamento já foi pior, quando ainda não havia sido instalado o semáforo. “Mas continua perigoso, porque o semáforo não é trifásico e tem muita gente que faz a conversão para a rua América, embaralhando o trânsito”, observou. Segundo ele, as motos estão sempre envolvidas nos acidentes. “Os motociclistas não perderam a mania de passar em sinal fechado”, contou o lavador, que prefere transitar a pé do que usar bicicleta. Além da esquina com a América, outro cruzamento apontado pelos trabalhadores como “muito perigoso” na rua Edu Rocha é com a rua Colombo. “Ali, outro dia, um motociclista bateu no meio de uma carroça que vinha passando’, contou o lavador Fábio. Números do trânsito Janeiro a abril de 2009 Vias com acidentes com vítimas 7 na rua Edu Rocha 3 na rua Edu Rocha com América 3 na rua 21 de Setembro 3 na rua Cyríaco de Toledo 3 na rodovia Ramão Gomes Vias com acidentes com danos materiais 6 na rua Dom Aquino 5 na rua Cabral 4 na rua América 4 na rua Frei Mariano 4 na rua Porto Carrero Vias com maior número de vítimas 8 na rua Edu Rocha 6 na estrada de Albuquerque com BR-262 5 na rua Edu Rocha com América 5 na rodovia Ramão Gomes Vias com acidentes com vítimas fatais 1 na rua Edu Rocha 1 na rua Antônio João com Porto Carrero 1 na estrada de Albuquerque com BR-262 ã
Votação encerrada