Globo Esporte em 06 de Fevereiro de 2023
"O trabalho do treinador é alinhar o pensamento coletivo. Precisamos preparar a equipe para momentos em que pressiona alto, médio, momentos em que nos vão empurrar para trás. No ataque, hora vamos jogar bem alto, hora seremos pressionados e precisaremos sair da pressão. Esse é o alinhamento que ainda temos que fazer. O entendimento vai surgindo, essa identificação coletiva", disse em entrevista coletiva.
"O tempo de trabalho não é muito, mas eu sabia quando aceitei o desafio. O calendário já apresentava o Mundial de Clubes nessa altura. Há falta de tempo, mas isso nunca será justificativa para não encarar com a ambição que nós estamos encarando", completou.
Na última sexta-feira, na chegada ao Marrocos, repercutiu a declaração do treinador sobre o trabalho curto antes do Mundial. "O tempo de preparação não foi o ideal", disse. Vítor apontou que aspectos mentais e emocionais também farão a equipe evoluir.
"Às vezes somos mal interpretados. Não disse que a equipe estava mal fisicamente. Me perguntaram se a equipe estava nas mesmas condições da disputa da Libertadores, meses atrás, e eu disse que isso era impossível, porque é outro momento da temporada. Estamos a iniciar a temporada, é diferente a condição em todos os níveis. Tático, técnico, físico, emocional... Nesse momento, o que conta, mais do que o físico, é o anímico. É a vontade que temos de levar esse título para casa. É com essa superação, apesar do pouco tempo de trabalho, é que eu estou à espera de ver os meus jogadores. Trabalhamos bem, no sentido de ficarmos mais consistentes, percebermos melhor os momentos do jogo. Estamos mais preparados para amanhã", concluiu.
Experiência na Arábia Saudita
Vítor Pereira treinou o Al Ahli na temporada 2013/2014. Experiência que ele enxerga como vantagem para a disputa da próxima terça, quando terá pela frente outra equipe da Arábia Saudita. O treinador elogiou o futebol daquele país e a evolução feita nos últimos 10 anos.
"Conheço bem o futebol árabe, já estive na Arábia Saudita. O pior erro que podemos cometer é achar que teremos alguma facilidade. Não acho que o aspecto físico será decisivo. Conheço bem o time deles, os aspectos individuais e coletivos. Têm qualidade, até por isso sempre mantém o nível."
Pressão pelo título
Vitor Pereira ainda disse que "é muito melhor ter pressão para títulos, para ganhar, para chegar a uma final, do que ter uma pressão por rebaixamento. Essa é uma que sufoca. A pressão por títulos nos incendeia, nos anima, entusiasma. É uma pressão boa. É uma oportunidade única, estar a dois jogos de um momento incrível em nossas carreiras."
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