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Conselheiros afastados do Tribunal de Contas já estão com tornozeleira

Campo Grande News em 15 de Dezembro de 2022

Marcos Maluf/Campo Grande News

Viatura da Polícia Federal no estacionamento do Tribunal de Contas, no Parque dos Poderes, em Campo Grande

Os três conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul afastados, Waldir Neves, Iran Coelho das Neves (ex-presidente) e Ronaldo Chadid já estão sob monitoramento eletrônico. Eles foram alvo da Operação Terceirização de Ouro, da Polícia Federal, na quinta-feira da semana passada, dia 08 de dezembro.

Os servidores investigados – Thais Xavier Ferreira da Costa, Douglas Avedikian e o ex-servidor Parajara Moraes Alves Júnior – também estão sendo monitorados. A reportagem entrou em contato com os advogados de dois dos conselheiros, André Borges, de Iran Coelho, e Ronaldo Franco, de Waldir Neves, mas eles não deram informações.

Em nota, a PF informou que não dará detalhes do caso. “A política editorial de divulgação de informações oficiais da PF veta, em qualquer hipótese, a divulgação de imagens de alvos, réus ou informações pessoais que possam identificar pessoas ou empresas. De acordo com a Lei nº 13.869/19 – Lei do Abuso de Autoridade”.

Caso

Desdobramento da operação Mineração de Ouro, que mirou conselheiros do Tribunal de Contas do Estado em junho do ano passado, a PF foi às ruas na quinta-feira passada contra esquema de licitação fraudulenta. Nesta fase, batizada de Terceirização de Ouro, cinco pessoas foram afastadas do serviço público e terão que utilizar tornozeleira eletrônica.

As investigações apuram a indevida contratação por meio de licitações fraudulentas, utilizando-se de conluio prévio entre as empresas participantes do certame, entre elas a Dataeasy.

Os investigados utilizavam-se de diversos artifícios para frustrar o caráter competitivo da licitação como rapidez incomum na tramitação do procedimento, exigência de qualificação técnica desnecessária ao cumprimento do objeto, contratação conjunta de serviços completamente distintos em um mesmo certame e apresentação de atestado de capacidade técnica falsificado.

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