PUBLICIDADE

Avô tinha desavenças com a filha e pode ter matado neta por vingança

Campo Grande News em 29 de Novembro de 2022

Divulgação/Polícia Civil

Avô foi detido pelos moradores da aldeia até a chegada da polícia

O homem de 60 anos, preso em flagrante por forçar a neta de 10 anos a ingerir óleo de motor, tinha desavenças com a filha e pode ter matado a neta para se vingar dela. Na delegacia, ele negou o fato. O crime aconteceu no último domingo (27), na Aldeia Guayvyri, em Aral Moreira, distante 397 quilômetros de Campo Grande.

Segundo o delegado Maurício Moura Vargas, o homem foi ouvido no dia em que houve o flagrante com a ajuda de um intérprete, porque só fala o guarani. “Ele afirma que não deu o óleo, mas há testemunhas do fato, como o capitão da aldeia”, disse.

Brigas

À polícia, uma testemunha relatou que o suspeito puxava a faca ameaçando a filha, mãe da criança, durante as brigas que eram frequentes. Ela disse que ao ser informada sobre o fato foi até a casa da criança e a encontrou morta com um líquido preto na sua boca e nas mãos.

Segundo a testemunha, a irmã mais velha da vítima disse que o avô era responsável por matar a criança. Ainda de acordo com outras testemunhas, era comum encontrar o suspeito embriagado nas dependências da aldeia.

Segundo a mãe da vítima, mulher de 34 anos, no sábado saiu de casa e levou o filho de 5 anos após ser ameaçada de morte pelo pai. Ela deixou a criança, mas a intenção era voltar para buscar a filha no outro dia. No domingo, por volta das 08h, ela retornou a casa do pai, mas cerca de 1 hora depois, a menina começou a vomitar um líquido de cor preta, que imagina ser óleo de motor. A mulher acredita que o pai matou a neta por vingança.

Caso

A criança era PcD (pessoa com deficiência), tinha mobilidade reduzida, não falava e aparentava ter idade inferior, situação que, conforme a polícia, a impossibilitava de se defender dos ataques do avô.

Segundo apurado pela polícia, ela morreu após ser forçada pelo avô materno a ingerir óleo de motor. O caso aconteceu por volta das 14h30 do último domingo (27), em Aral Moreira.