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Primeiro dia útil de fronteira aberta tem movimento intenso de caminhões e carros de passeio

Leonardo Cabral em 28 de Novembro de 2022

Diário Corumbaense

Movimento de caminhões foi aumentando ao longo da manhã desta segunda-feira

No primeiro dia útil, nesta segunda-feira, 27 de novembro, após a fronteira entre Bolívia e Corumbá ser liberada, o movimento do setor de transporte era pequeno nas primeiras horas, mas o tráfego aumentou ao longo da manhã. A linha internacional foi liberada para tráfego na noite de sábado (26), após 36 dias de Paro Cívico, na Bolívia, pela realização do Censo Demográfico. 

Divino Gomes, de 69 anos, que trabalha há cerca de 50 anos como caminhoneiro, aguardava a liberação do caminhão na Receita Federal, que fica no Posto Esdras, para entrar na Bolívia. Ele está a caminho de Santa Cruz de La Sierra.

Diário Corumbaense

Filas quilométricas formada do lado da Bolívia

“Fiquei parado todo esse tempo de greve na Bolívia. De prejuízo, a estimativa é de em torno de R$ 8 mil, já que é esse valor que consigo faturar mensalmente, fora o prejuízo para a responsável pela carga que estou levando para Santa Cruz, carregamento de sapatos, que ficaram parados na Agesa e só hoje consigo seguir para o destino”, explicou Divino antes de cruzar para o lado boliviano.  

Lá 08h30, o tráfego de ambos os lados da fronteira começou a ficar intenso. Em consequência, muitos caminhões e carros de passeios dividiam o espaço, formando fila quilométrica na área fronteiriça. Também era grande o movimento de viajantes que estavam na porta do setor de Imigração dos dois países.   

“Vamos aumentar o horário de liberação do Porto Seco para minimizar todo o impacto gerado com a fronteira fechada”, disse ao Diário Corumbaense o auditor-chefe da Alfândega da Receita Federal de Corumbá, Erivelto Torrico Alencar.

A Receita Federal estima que cerca de 8 mil veículos de passeio passam por dia pela fronteira e aproximadamente entre 600 a 800 veículos de cargas cruzam a linha internacional entre Corumbá e a Bolívia.

Prejuízos

O setor de importação e exportação foi um dos mais afetados durante a greve que provocou o fechamento da fronteira. Conforme o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística, em média, um caminhão parado tem prejuízo de 5 mil dólares ao dia.

Diário Corumbaense

Congestionamento também acontece do lado de Corumbá

Em relação ao prejuízo às exportações e importações, a Receita Federal de Corumbá explica que o valor diário de mercadorias que saem do Brasil para a Bolívia é de 41 milhões de reais e o valor que sai da Bolívia com destino ao Brasil é de R$ 4 milhões. Ou seja, o fechamento da fronteira provocou perda de 45 milhões de reais a ambos os países diariamente. Esse valor corresponde aos dias úteis.

Em valor comercial, 90% são exportações brasileiras e 10%, exportações bolivianas. Logo, os exportadores brasileiros deixaram de faturar R$ 1.012.500.000 (um bilhão, doze milhões e quinhentos mil reais), e os exportadores bolivianos R$ 112.500.000 (cento e doze milhões e quinhentos mil reais) em 25 dias úteis. 

Já o comércio varejista de Corumbá, que recebe muitos consumidores bolivianos, calcula que nesses 36 dias, cerca de R$ 3 milhões deixaram de ser movimentados.  

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