Leonardo Cabral em 29 de Setembro de 2022
Enviada ao Diário Corumbaense
Caminhão estava carregado com carvão
Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atende a ocorrência e controla o tráfego de veículos. A princípio, não houve feridos.
É o segundo acidente na rodovia em menos de 24h. O primeiro aconteceu no início da tarde de ontem (28), quando um ônibus que transportava passageiros bolivianos colidiu contra a caçamba de uma carreta carregada de minério. O motorista do ônibus, morreu no local.
Roberto Ajala Lins: Na verdade terceiro acidente. Dia 27 de setembro de 2022, quando eu retornava para Corumbá, há um quilômetro do posto fiscal lampião aceso tinha uma carreta tombada e pegado fogo às margens da Rodovia. A BR 262 - 50 Quilômetros antes da ponte e 50 quilômetros depois, está um descalabro!!!Muito triste ver isso e pensar que Corumbá é a “ filha enjeitada” do Estado. As ondulações colocam em risco todos que usam esse meio de transporte (mais barato) para sair dessa distante e esquecida cidade. O número imenso de caminhões e carretas que balançam suas imensas carrocerias na estrada são de horrorizar até o mais calmo e frio motorista. Vinha pensando na estrada o absurdo que é remendar o asfalto que está com ondulações profundas. Aqueles ônibus grandes que levam nosso povo por intermédio da estrada dão a impressão - para quem vem atrás ou mesmo na frente- que irão desmontar a qualquer hora. Deus proteje muito o Corumbaense e é só Ele, em sua infinita misericórdia para proteger. Quem pode lutar pela nossa terra e pela nossa estrada não deve utilizar essa via de transporte ou deve usar carros que não lhes pertencem. O pior…dá a impressão que esses “ monstros da estrada “, que apenas estão exercendo seu ganha pão, podem cair em cima de vc e da sua família no carro a qualquer minuto. E os caminhões? Para “ fugir “ dessas ondulações e das crateras eles “ dançam “ na estrada sem qualquer pudor, tentando se salvar na “dança dramática “ do “ salve-se quem puder”. Remendos mal feitos em um asfalto igualmente mal feito em uma estrada mal compactada colocam em risco as nossas vidas e de quem a gente ama e nos são caros. E os “ sulcos” que se formam pelo peso dos veículos em um asfalto quente e de péssima qualidade? Eles desgovernam o seu carro e te obrigam a fazer malabarismos e rezar o Pai Nosso a viagem inteira pedindo para chegar “ inteiro”(inevitável o comentário). E o que dizer daquela entrada para a antiga Vale depois de uma curva? Por que é tão sinistra daquele jeito? Minguam o acesso dos enormes caminhões sem necessidade e é um convite para acidentes? Por que não fazer um acesso como fez a Votorantin? Muito mais amplo, claro e sinalizado. Enquanto vinha vendo o estado calamitoso dessa parte relativamente pequena da estrada, não tem como não pensar que parece que só a gente ( seres mortais) comuns, viajam por ali. Para os “ Privilegiados” que vem aqui pedir votos, existem os “aviõezinhos” que sobrevoam a estrada e não deixam ver essas mazelas. Levam nossos votos e nos esquecem depois. Afinal, Corumbá tem que fazer jus ao nome: “ Terra Esquecida”. Isso tudo me lembra uma vez, na minha profissão, fazendo uma audiência contra uma grande empresa, quando o preposto dela( sem a mínima cerimônia) disse que o problema crônico que a empresa enfrentava na nossa cidade não era resolvido porque era mais fácil responder as poucas ações do que fazer investimentos para resolver o problema. E para piorar disse para mim: “ O senhor não deve ser daqui então posso falar… Corumbaense aceita tudo, não reclama de nada”. Será por isso que nossas estradas estão tão feias e as nossas vidas sem importância? Enquanto eu divagava indignado na estrada e me sentindo fraco diante do problema, vi que, antes do “ Lampião Aceso”, uma carreta havia tombada com toda a sua carga esparramada e pegando fogo. Triste observar que muitos acidentes nem são mais relatados e a gente nem sabe que ocorreram… e todos nós deveríamos ficar tristes de pensar que a vida humana vale muito pouco para aqueles que querem só resolver seus problemas pessoais se elegendo sem honrar o poder que granjeiam com os votos que auferem. Não é possível aceitar isso de braços cruzados. Merecemos respeito com nossas vidas.
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