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Justiça Eleitoral inicia treinamento de presidentes de mesas e mesários em Corumbá

Leonardo Cabral em 30 de Agosto de 2022

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Primeiro grupo de 60 pessoas participou de treinamento para atuar nas Eleições 2022

A 50ª Zona Eleitoral iniciou na segunda-feira, 29, treinamento para os presidentes de mesas e 1° mesário, que irão atuar na eleição do dia 02 de outubro. O plenário do Tribunal do Júri do Fórum foi o palco para a orientação da primeira turma, de cerca de 60 pessoas. 

A chefe do cartório, Eduarda de Sá Lucena, responsável pelo treinamento, disse que esse grupo atenderá a 5ª Zona, que engloba eleitores de Corumbá e Ladário. Ela também enalteceu o trabalho dos mesários, quase 80% são voluntários.

“No treinamento, repassamos a atribuição de cada um dia da Eleição. A gente explica como montar a seção, como desembalar a urna eletrônica, assim, que ela for recebida; como funciona o fluxo de votação durante todo o dia e também o momento de desmontar a seção e recolher todos os materiais para devolver ao cartório junto com a urna eletrônica para a contagem dos votos”, explicou Eduarda ao Diário Corumbaense.

Ela ressaltou que o papel de presidente de mesa e 1° mesário é muito importante no dia da votação. “Porque a gente planeja para que no dia ocorra tudo bem, e aí entregamos na mão do mesário, que vai desempenhar esse papel da Justiça Eleitoral, no dia, então, estamos confiando todo nosso planejamento à eles, por meio desse treinamento, com todas as informações. Por isso, o papel deles é essencial. Aqui em Corumbá, só no meu cartório, são quase 600 mesários; a 7ª Zona tem número maior. Jamais conseguiríamos servidores para fazer esse trabalho, então, todos eles, voluntários e convocados, são fundamentais”, afirmou ao frisar que outros treinamentos serão realizados até concluir a preparação de todos os mesários.

Aos interessados, o preenchimento das vagas fica disponível até a véspera da realização do pleito, de acordo com Eduarda. “A gente convocou todo mundo, mas há imprevisto, e aí acontece a substituição para os voluntários. Desses 600 mesários, a maioria são voluntários, que é aquele que se dispôs a trabalhar", ressaltou a chefe de cartório da 50° zona.

Assumiu concurso após trabalhar nas Eleições

Todo eleitor em situação regular perante a Justiça Eleitoral poderá ser mesário na sua Zona, preferencialmente no local e na seção em que vota, sendo ele convocado ou voluntário.

A Justiça Eleitoral, nos anos em que se realiza Eleições Oficiais, necessita da colaboração de cidadãos previamente selecionados, maiores de 18 anos, que são convocados para atuar como seus auxiliares nessa missão de garantir o exercício livre e consciente do voto, visando a escolha de seus representantes políticos. Dessa forma, a participação do eleitor convocado pela Justiça Eleitoral como mesário constitui um ato de civismo de extrema importância e fundamental para a consolidação da democracia no país.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Professor Jonny disse que conseguiu vaga em concurso por trabalhar nas eleições

O professor Jonny da Silva Acunha começou a trabalhar como voluntário, depois foi atuar como convocado. É a quarta eleição dele e por causa da sua atuação, conseguiu vaga em concurso público, após critério de desempate. 

“Entrei para exercer papel de cidadania, mas nunca tinha sido convocado. Teve um dia que passei pela Justiça Eleitoral e perguntei se poderia trabalhar, como resposta a pessoa disse que deveria, fui por curiosidade. Então, trabalhei uma vez, a primeira como voluntário e as outras três como convocado. Usufruí de benefícios quando teve o último concurso público em Corumbá, empatei com o outro candidato e um critério de desempate foi ter participado como mesário das eleições. Consegui a vaga e estou até hoje”, relatou o professor.

Jonny também frisou a importância de estar ali como cidadão. “As eleições são muito importantes na sociedade, através dela é que iremos decidir quem vai comandar, nos representar. Portanto, participando diretamente dela, é possível conhecer os trâmites do pleito. Todo esse processo é muito interessante”, concluiu.

É de família

Atuando como convocada, mas afirmando que gosta de trabalhar nas Eleições, Flávia Márcia Gomes da Cunha, que também é professora e será presidente de mesa, diz que a atuação vem de família, pois quando criança, via a mãe trabalhando.

“Lembro-me da minha mãe quando surgiram as urnas eletrônicas. Ela vinha, buscava e ia para casa. Falava para não encostar na caixa que estava a urna, zelando por ela. Praticamente cresci nesse meio. Eu vejo como exercício de cidadania, trabalhando nas eleições, conseguimos entender a diferença de política e politicagem. Isso é de extrema importância, pois a política é uma ciência e faz parte da nossa cidadania. Alguns vão obrigados, outros vão por gostar, por saber que é importante. Sinto-me útil com a minha pátria”, afirma a professora a este Diário.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Treinamento foi no Tribunal do Júri do Fórum de Corumbá

Os dias trabalhados podem contar como horas complementares em cursos universitários (consulte o TRE  para ver se esse benefício se aplica a você); em caso de empate em concurso público, pode ter vantagem para o desempate (se estiver previsto no edital); no dia da eleição, recebe auxílio-alimentação no valor máximo de R$ 45,00 (Portaria TSE nº 399, de 27 de abril de 2022); tem direito a dois dias de folga por cada dia trabalhado e ao concluir o treinamento, sem perder o salário.

Importante: as folgas devem ser negociadas com a empresa, o órgão ou a instituição em que a mesária ou o mesário trabalhava na época da eleição.

Se for convocado e faltar sem apresentar justa causa ao juiz eleitoral até 30 dias após a eleição, o mesário pagará multa. Se o faltoso for servidor público, a pena será de suspensão de até 15 dias. Caso a mesa fique impedida de funcionar porque o mesário deixou de comparecer, as penalidades serão aplicadas em dobro.

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