Ricardo Albertoni em 04 de Agosto de 2022
Basicamente é sempre a mesma história. A filha (o) ou algum parente, que por algum motivo precisa de um dinheiro emprestado naquele momento e do outro lado a mãe ou pai, que em muitos casos, deixam a emoção ser maior que a razão e cedem ao pedido sem muitos questionamentos. É o já muito conhecido “Golpe do WhatsApp”.
Na terça-feira (02), o Diário Corumbaense noticiou a história de uma mulher de 56 anos que acabou perdendo R$ 1.890. Sem questionar, ela transferiu o dinheiro via Pix para a conta de um homem, no Mercado Pago. Nesse caso, a vítima só desconfiou e decidiu ligar para a filha depois que o golpista pediu mais dinheiro.
“Eu tenho duas filhas que sempre estão comigo e nesse dia uma delas tinha acabado de me deixar no serviço e a outra estava falando comigo no WhatsApp”, lembrou.
Nos prints enviados ao jornal, com pedidos de R$ 500 e R$ 3.990, observa-se a audácia dos criminosos assim que desmascarados e informados pela vítima que a Polícia seria procurada: “Já tamo preso, sua quenga, otária”.
São vários relatos, tanto em boletins de ocorrência registrados na delegacia, quanto no dia a dia. Quase todo mundo conhece alguém que foi alvo ou já passou por essa situação. Em outro ocorrido que chegou ao conhecimento do jornal, golpista se passou por filho que estaria sofrendo ameaça de agiota para tentar retirar R$ 700 de uma vítima, de 57 anos. Antes de qualquer coisa, a filha dela fez contato com o irmão e evitou o prejuízo.
O Pix, método de transferência bancária instantânea criado em outubro de 2020, facilitou a vida dos brasileiros, mas por outro lado, possibilitou a aplicação de diversos golpes. De acordo com dados do Banco Central, no mês passado, o sistema de pagamento instantâneo movimentou R$ 772,735 bilhões em 1,634 bilhão de transações. Segundo uma empresa de segurança digital, nos meses de abril e maio foram bloqueadas mais de 424 mil tentativas de golpe.
Ter a certeza de que realmente você está falando com a pessoa que se apresentou no WhatsApp é fundamental para não cair no golpe. Uma simples ligação ou pedir um áudio naquele momento pode evitar um grande prejuízo.
São apenas 10 segundos para se efetuar uma transação, portanto, o recomendado é que antes de “fazer o pix” a pessoa se utilize de todo o tempo necessário para que tenha certeza de que não se trata de uma ação criminosa, já que na maioria dos casos, é praticamente impossível recuperar o dinheiro.
“Antes de mandar qualquer dinheiro procure ligar antes para os filhos, procurar saber se é verdade o que estão relatando”, alertou a leitora do Diário Corumbaense.
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.