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Focos de incêndio voltam no Abobral e entra em vigor decreto de situação de emergência em 14 municípios

Leonardo Cabral em 22 de Julho de 2022

Divulgação / 3° GBM

Bombeiros em combate ao fogo am área próximo a Corumbá

Os focos de incêndios que já haviam sido extintos na região do Abobral, voltaram. É o que informa o relatório da Operação Pantanal 2022, emitido nesta sexta-feira, 22 de julho.

Nessa região, duas equipes da GCIF (Guarnição de Combate a Incêndio Florestal) estão realizando o combate aos focos de queimadas. A área estava em rescaldo, mas houve reignição dos focos em pontos isolados no Parque Estadual, área alagada, onde mesmo com rescaldo, volta a fumaça e consequentemente o fogo. O vento também é um dos fatores que contribuem para as chamas reacenderem.

Além dessa localidade, os militares do Corpo de Bombeiros Militar também se deslocaram para uma área nas proximidades de Corumbá, a cerca de 30 km da área urbana e em menos de três horas de combate, os focos foram extintos.

Há também o trabalho de prevenção, treinamento e ratificação dos principais pontos da norma técnica 45 do CBM/MS que trata de incêndios florestais. As ações são feitas nas regiões do Abobral; Nabileque; Paraguai-Mirim; Miranda e Coxim.

Decreto de situação de emergência

Entrou em vigor nesta sexta-feira (22), decreto de emergência nos municípios de Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana, Porto Murtinho, Sonora, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Bodoquena, Jardim, Bonito, Anastácio, Corguinho e Rio Negro afetados por desastre classificado e codificado como Incêndio Florestal - Incêndios em Parques, Áreas de Proteção Ambiental e áreas de Preservação Permanente Nacionais, Estaduais ou Municipais.

O decreto tem duração de seis meses e foi motivado pela intensa estiagem que já dura mais de 25 dias e o aumento em focos de incêndios em Mato Grosso do Sul. A estimativa de área queimada elaborada pelo Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, referente ao período de 1º de junho a 17 de julho, aponta que no Estado já foram queimados 132.525 hectares, sendo: Pantanal 83.175 ha; Aquidauana 11.512 ha; Anastácio 1.815 ha; Bodoquena 375 ha; Corumbá 59.812 ha; Coxim 282 ha; Corguinho 112 ha; Ladário 262 ha; Miranda 300 ha; Porto Murtinho 18.975 ha e Rio Verde de Mato Grosso 525 ha.

“Fizemos um investimento inicial de R$ 78 milhões para equipar o Corpo de Bombeiros no Estado. Agora a alocação deve chegar a mais R$ 38 milhões especificamente para ações de combate com este Decreto. Então, é o que o governo previu que a gente possa gastar nesses próximos seis meses, atacando e combatendo os incêndios florestais em todas as regiões do Mato Grosso do Sul”, esclareceu o governador Reinaldo Azambuja.

De acordo com os indicadores de dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, já no primeiro semestre de 2022, em consideração ao mesmo período de 2021, houve um aumento de área queimada na bacia hidrográfica do Rio Paraguai de 215,5% nas unidades de conservação, e de mais de 400% em terras indígenas. Diante do quadro o Governo quer ter mais segurança em lidar com a questão e ter recursos disponíveis para enfrentamento dessas situações.

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