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Receios, preconceitos e as limitações dificultam adoção, diz juiz

Da Redação em 24 de Maio de 2022

Divulgação/Câmara de Corumbá

Juiz Maurício Miglioranzi enalteceu o apoio dos vereadores

O Dia Nacional da Adoção, celebrado em 25 de maio, foi lembrado na segunda-feira, 23, na Câmara Municipal, com as visitas do juiz titular da 1ª Vara Cível de Corumbá, Maurício Cleber Miglioranzi Santos, e do coordenador do Grupo de Apoio à Adoção Pantanal (GAAP), Cleverson Gonçalves da Costa,

Em atendimento a convite do vereador Manoel Rodrigues, os dois fizeram uso da palavra no Plenário, e abordaram um importante tema que afeta não só a sociedade corumbaense, mas também de todo o Mato Grosso do Sul e do Brasil. A presença dos dois foi bastante elogiada pelo vereador Roberto Façanha, presidente do Legislativo, que ressaltou o trabalho desenvolvido pela Casa de Leis, principalmente no que se refere a temas envolvendo crianças e adolescentes.

O juiz Maurício Miglioranzi enalteceu o trabalho desenvolvido pelos vereadores corumbaenses que “atuam intensamente na defesa dos direitos da criança e dos adolescentes, das mais diversas formas”. Para se ter uma ideia, em relação ao tema abordado na sessão, uma proposta aprovada pela Câmara, de autoria do vereador Manoel Rodrigues, virou Lei Municipal (2.672, de 10 de maio de 2019), que instituiu a Semana Municipal da Adoção e Acolhimento, uma referência ao 25 de maio, Dia Nacional da Adoção.

Elogiou o trabalho desenvolvido por Cleverson da Costa que, ao lado da sua esposa Laura Costa, são dois batalhadores pela causa, inclusive com a adoção já há alguns anos, de Luiz Antônio, que formam uma bela família e “desmistificam os preceitos e eventuais preconceitos que existam em relação a adoção”.

Miglioranzi relatou uma pequena amostragem da realidade no Estado. “Nós contamos hoje com 250 pessoas ou casais que pretendem adotar. Do outro lado, temos apenas 87 adolescentes em condições de ser adotados. Esse número que nunca fecha, tem uma resposta sim. São justamente os receios, os preconceitos e as limitações”, afirmou.

Divulgação/Câmara de Corumbá

À esquerda, com o juiz, Cleverson e Laura Costa que adotaram Luiz Antônio

Lembrou um debate a nível nacional para a exclusão no Sistema Nacional de Adoção, um dos critérios que é disponível para os pretendentes, que é a escolha de raça ou cor”.

Concordou que já houve uma grande evolução, bem diferente de 13 anos atrás quando ingressou na carreira. Disse que, na época, “crianças e adolescentes acima de três anos, eram praticamente inadotáveis ou encaminhados às internacionais. São brasileiros, corumbaenses que hoje moram longe, porque nós não tivemos, como sociedade, a maturidade suficiente pra saber amar”.

Continuou argumentando que, hoje, “vivemos em um mundo de uma série de preocupações, guerras, fomes, altas de preço. Mas nós combatemos todos os dias, a dura realidade das crianças e adolescentes que afastadas de suas famílias por medida de proteção”, observou, citando que “essas crianças, infelizmente, encontram-se aprisionadas”.

Projeto Padrinho

O juiz relembrou histórias tristes de um passado não muito distante, e do trabalho desenvolvido ao lado de parceiros, na busca de dias melhores para as crianças e adolescentes que se desprendem do núcleo familiar.

Uma das medidas adotadas pelo Tribunal de Justiça foi a idealização do Projeto Padrinho que permite melhorar o atendimento a este público alvo, e que conta com parceiros que ajudam na viabilização de mesadas no valor de R$ 35,00 para atender as crianças que estão em abrigos.

Reforçou a necessidade de, durante esse mês de maio e no Dia Nacional da Adoção, “precisamos fazer em nosso país, em nossa cidade, uma guerra de amor”, conclamando os integrantes do Poder Legislativo a partilhar desse desprendimento, inclusive visitando as crianças e adolescentes nas Casas de Acolhimento, que Miglioranzi define como o CTI da Assistência Social. “Vamos desmistificar os preconceitos e abrir os braços para o amor”, finalizou.

As informações são da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores.

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