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Reabertura da Catedral emociona fiéis e acolhe novamente Nossa Senhora da Candelária

Leonardo Cabral em 26 de Março de 2022

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Imagem de Nossa Senhora da Candelária entrando na Catedral e sendo recolocada no altar

Uma das Catedrais mais antigas de Mato Grosso do Sul, de Nossa Senhora da Candelária, considerada a “Igreja mãe” no Estado, reabriu suas portas, na sexta-feira, 25 de março, emocionando fiéis, que não deixaram de acompanhar a celebração, mesmo com o tempo chuvoso e o friozinho. Foram mais de cinco anos fechada para a revitalização e restauração, que custou cerca de R$ 2 milhões, recursos do PAC Cidades Históricas, do Governo do Estado, e contrapartidas da Prefeitura de Corumbá e Governo do Estado.

Em uma noite especial para a comunidade católica, a festa começou com procissão luminosa, com a imagem de Nossa Senhora da Candelária escoltada por militares da Marinha do Brasil. A saída foi da Igreja de Nossa Senhora de Caacupê, localizada na rua Antônio Maria Coelho, que desde julho de 2018, foi a Pró-Catedral de Corumbá, devido às obras de revitalização da Igreja Matriz.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Na procissão, imagem foi levada por militares da Marinha do Brasil

Os fiéis percorrerem ruas da área central até a chegada à Catedral, em frente a praça da República, onde uma megaestrutura foi montada. Os devotos, junto a imagem da santa, foram recebidos pelas badaladas dos sinos da “Igreja Mãe”. Após alguns minutos, as portas foram abertas para entrada de fiéis e autoridades. 

Antes do início da celebração da primeira missa, o bispo Dom João Aparecido Bergamasco, tomou posse de sua cadeira, que simbolizou a entrada dele na casa da Diocese. Em seguida, a entrada emocionante da imagem de Nossa Senhora de Candelária, retornando ao altar da igreja e Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo Metropolitano e presidente do Regional Oeste I da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), deu início à missa.

Diário Corumbaense

“Um privilégio grande estar aqui neste momento tão especial. Corumbá é a nossa ‘Igreja mãe’. Foi da Diocese de Corumbá que nasceram todas as outras Dioceses, ou seja, as outras seis, que estão espalhadas em MS. Ter a Catedral de volta é muito significativo, ela também é Patrimônio e é tombada. Tudo começou em Corumbá”, disse Dom Dimas ao falar da importância da Matriz em Corumbá para Mato Grosso do Sul.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Dom Dimas junto com padres da Diocese de Corumbá e outras cidades e o bispo Dom João Bergamasco, no altar

O bispo Dom João Aparecido Bergamasco, da Diocese de Santa Cruz, mencionou que com a reabertura, a Catedral acolhe seu povo e a própria Diocese, que entra de forma oficial em sua casa, se referindo ao ritual em que deu início à celebração religiosa.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Imagem da Catedral do alto, durante a primeira missa após reabertura

“Estou à frente da Diocese há três anos, mas só agora assumo a cadeira que é o rito inicial que fazemos na celebração realizada. A Catedral é a igreja onde o bispo faz sua catequese, orientação para seu povo. A Nossa Senhora da Candelária, padroeira de Corumbá, representa muito para o povo da nossa cidade. É acolhedora, mãe protetora, mãe de Jesus, que nos ensinou a ser fiel a Jesus, e o povo de Corumbá tem devoção muito grande", enfatizou o bispo ao Diário Corumbaense

O prefeito Marcelo Iunes, destacou o momento como especial e agradeceu todo o apoio dos órgãos envolvidos para que o restauro fosse entregue após longos cinco anos.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Prefeito destacou o trabalho conjunto da União, Estado e Prefeitura

“Foi uma obra emblemática, que teve vários percalços, primeiramente com a morte do empreiteiro. Também tivemos que relicitar toda a obra, mas estamos entregando esse belíssimo patrimônio da nossa história, da nossa cultura. Aqui, a Diocese vai fazer seu trabalho a partir de agora. Quero agradecer o governador Reinaldo Azambuja, o secretário de governo Eduardo Ridel que nos deu total apoio, para que pudéssemos concluir esse trabalho. Lembramos que a entrega do prédio com o Iphan será mais para frente, aqui o evento é ecumênico”, frisou Iunes que estava acompanhado da primeira-dama Amanda Iunes e do vice-prefeito Dirceu Migueis.

Agradecimento

Muitos devotos definiram o momento como um misto de alegria, amor, devoção, fé e muita emoção.

Para, Otomilton de Jesus Correa, estar ali saindo em procissão junto à imagem de Nossa Senhora da Candelária, até a Catedral, foi um momento histórico em sua vida. Desde criança, ele tem compromisso com a igreja e devoção a Nossa Senhora, a quem dedica graças alcançadas.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

"Oto" disse que passou um filme na cabeça ao poder prestigiar o momento da saída da imagem até a sede da Matriz

“Vem um filme na cabeça. Família, pais, infância, adolescência, dos bispos que passaram por aqui. Todo esse compromisso, essa cultura cristã, sou devoto sim. Não é uma coisa qualquer que sentimos neste momento, a gente que é praticante, tem na reinauguração da Catedral uma esperança, pois acredito que vai trazer muitas bênçãos para a cidade. Lembro do nosso estimado ex-prefeito Ruiter (Cunha, falecido em 2017), que fez história com todos os envolvidos que trabalharam nessa restauração. É um conjunto de forças para este momento de dia de ação de graças sim”, afirmou Otomilton, conhecido como “Oto”.

Magali Bravo Soares, disse que o momento é como um renascimento. “Nós nascemos a cada momento, mas com a nossa rainha voltando para a casa dela é uma realização. Não tem nada igual. Acolhendo devotos, filhos, pessoas que vêm de longe para conhecer a casa da mãe. Essa Matriz é uma das Catedrais mais antigas do nosso Estado, vibramos de alegria e fé, que é o mais importante, bem como o amor que temos com a Mãe de Deus”, salientou.

Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense

Com a família, Nilvana disse que viver este momento foi mais do que especial

Nilvana da Silva Esquer, veio junto com o marido e dois filhos. “Muito emocionante, mais gratificante ainda estar aqui com toda a família. O que a gente faz por Deus não é nem um terço do que ele fez por todos nós até ser crucificado na Cruz. Por isso estar aqui é nosso dever enquanto cristãos. Por isso, trago meus filhos para que eles possam seguir no caminho de Deus”, disse Nilvana que é da comunidade Irmã Dulce que foi recém instituída em Corumbá.

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