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Restauração da Catedral teve investimentos de R$ 2,2 milhões

Leonardo Cabral em 26 de Março de 2022

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Igreja agrega valor ainda maior a um conjunto arquitetônico de muita relevância

De portas abertas e totalmente revitalizada, a Catedral de Nossa Senhora da Candelária, recebeu nesta sexta-feira, 25 de março, a comunidade católica em Corumbá com uma grande, após mais de cinco anos interditada para obras de restauro e revitalização. 

Mais de R$ 2,2 milhões foram investidos na restauração completa da Catedral, sendo mais de R$ 1,7 milhão do Governo Federal, via IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e quase R$ 600 mil de recursos próprios do Município. As intervenções foram todas supervisionadas por técnicos do IPHAN e buscaram valorizar a estética original que incluíram pintura, piso, elétrica, hidráulica e recuperação interna da torre e dos sinos. O Estado entrou com valor complementar, R$ 288.245,00, para sonorização e climatização, cujo processo licitatório está sendo realizado. 

A Igreja

Localizada na região central da cidade, em frente à Praça da República, com direção à Ladeira Cunha e Cruz, que dá acesso à área portuária de Corumbá, onde é possível se ter a visão da imensidão do Rio Paraguai, porta de entrada para o Pantanal, o prédio da Matriz, como também é conhecida agrega valor ainda maior a um conjunto arquitetônico de muita relevância.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Catedral abriga diversas relíquias religiosas e curiosidades

Está inserida num complexo de prédios históricos formado pela antiga unidade da Casa Mista, do Instituto Luiz de Albuquerque (ILA) e a sede da Polícia Federal, trazendo elementos da arquitetura eclética.

A pedra fundamental foi lançada em 1872 pelo pregador imperial e Vigário da Vara, Frei Mariano de Bagnaia, e em 1877, a Catedral foi inaugurada. 

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária abriga diversas relíquias religiosas e curiosidades. As pareces medem de 60 centímetros a dois metros e meio de espessura, sendo que uma delas guarda uma curiosidade. Próximo ao altar principal, do lado esquerdo, está o túmulo de Dom Vicente Maria Priante, fundador da congregação das “Irmãs de Jesus Adolescentes”, que foi sepultado em 1894.    

Logo na entrada do templo, uma pia armazena água benta, fruto de doação à paróquia por uma tradicional família corumbaense, há mais de 100 anos. Dentro do local santo, há um confessionário datado de 1874, onde Frei Mariano ouvia os fiéis. Entre as relíquias está um conjunto de quatro sinos de ferro fundido, instalados na época da fundação na torre da catedral. Neste mesmo local está um relógio que entrou para o folclore popular após episódio lendário. O objeto teria sido o pivô do desapontamento de Frei Mariano com o povo corumbaense.   

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Beleza histórica de um dos templos mais antigos e famosos de todo o Mato Grosso do Sul

Doadas pela família de Alfonso Aldorno Santa Lucci, em 1982, há duas peças em madeira, sendo uma réplica em madeira do quadro “Primeira Missa no Brasil”, de Victor Meirelles. Confeccionado em mesmo material, um oratório retrata outra produção artística: a Pietá, imagem clássica em que Nossa Senhora aparece com Cristo nos braços. A imagem de Nossa Senhora da Candelária, padroeira da cidade, é uma das peças mais antigas da Igreja Matriz, tendo sido totalmente restaurada, além de duas peças que retratam Jesus Cristo crucificado e um esplendor. O acervo também abriga uma peça de Nossa Senhora de Fátima talhada em madeira, documentos e livros do fundador da igreja.

Em 2017, foi declarada  Patrimônio Histórico e Cultural de Corumbá pelo então prefeito Ruiter Cunha de Oliveira. Em 2021, a Matriz foi tombada pelo governador Reinaldo Azambuja como Patrimônio Histórico Material de Mato Grosso do Sul. O Dia da Padroeira de Corumbá, 02 de fevereiro, também está incluído no Calendário Oficial de Eventos de Mato Grosso do Sul, por força da Lei 5.438/2019.

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