Leonardo Cabral em 26 de Março de 2022
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Igreja agrega valor ainda maior a um conjunto arquitetônico de muita relevância
Mais de R$ 2,2 milhões foram investidos na restauração completa da Catedral, sendo mais de R$ 1,7 milhão do Governo Federal, via IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e quase R$ 600 mil de recursos próprios do Município. As intervenções foram todas supervisionadas por técnicos do IPHAN e buscaram valorizar a estética original que incluíram pintura, piso, elétrica, hidráulica e recuperação interna da torre e dos sinos. O Estado entrou com valor complementar, R$ 288.245,00, para sonorização e climatização, cujo processo licitatório está sendo realizado.
A Igreja
Localizada na região central da cidade, em frente à Praça da República, com direção à Ladeira Cunha e Cruz, que dá acesso à área portuária de Corumbá, onde é possível se ter a visão da imensidão do Rio Paraguai, porta de entrada para o Pantanal, o prédio da Matriz, como também é conhecida agrega valor ainda maior a um conjunto arquitetônico de muita relevância.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Catedral abriga diversas relíquias religiosas e curiosidades
A pedra fundamental foi lançada em 1872 pelo pregador imperial e Vigário da Vara, Frei Mariano de Bagnaia, e em 1877, a Catedral foi inaugurada.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária abriga diversas relíquias religiosas e curiosidades. As pareces medem de 60 centímetros a dois metros e meio de espessura, sendo que uma delas guarda uma curiosidade. Próximo ao altar principal, do lado esquerdo, está o túmulo de Dom Vicente Maria Priante, fundador da congregação das “Irmãs de Jesus Adolescentes”, que foi sepultado em 1894.
Logo na entrada do templo, uma pia armazena água benta, fruto de doação à paróquia por uma tradicional família corumbaense, há mais de 100 anos. Dentro do local santo, há um confessionário datado de 1874, onde Frei Mariano ouvia os fiéis. Entre as relíquias está um conjunto de quatro sinos de ferro fundido, instalados na época da fundação na torre da catedral. Neste mesmo local está um relógio que entrou para o folclore popular após episódio lendário. O objeto teria sido o pivô do desapontamento de Frei Mariano com o povo corumbaense.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Beleza histórica de um dos templos mais antigos e famosos de todo o Mato Grosso do Sul
Em 2017, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural de Corumbá pelo então prefeito Ruiter Cunha de Oliveira. Em 2021, a Matriz foi tombada pelo governador Reinaldo Azambuja como Patrimônio Histórico Material de Mato Grosso do Sul. O Dia da Padroeira de Corumbá, 02 de fevereiro, também está incluído no Calendário Oficial de Eventos de Mato Grosso do Sul, por força da Lei 5.438/2019.
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