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Boliviano preso por liderar rede de corrupção em Prefeitura é transferido para Campo Grande

Leonardo Cabral em 04 de Fevereiro de 2022

Reprodução/ El Deber

Parada Vaca foi transferido para Campo Grande

O boliviano Antonio Parada Vaca, acusado de liderar uma rede de corrupção na Prefeitura de Santa Cruz de La Sierra, preso no dia 25 de janeiro, em Corumbá, pela Polícia Federal, foi transferido para Campo Grande. Ele estava custodiado no Estabelecimento Penal Masculino.

Conforme informação apurada pelo Diário Corumbaense, Parada Vaca, diagnosticado com covid-19 na segunda-feira (31), foi transferido para Campo Grande na manhã de quinta-feira, 03 de fevereiro. O estrangeiro foi escoltado pela Polícia Penal.

Ainda de acordo com a apuração da reportagem, o motivo da transferência foi por “questões administrativas”. Ele foi levado para a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira.

Lá, Parada Vaca deve continuar em isolamento para tratamento da covid-19. A transferência não comprometeu o quadro de saúde, segundo fonte, pois ele está assintomático.

A prisão em Corumbá

Antonio Parada Vaca pediu refúgio ao Brasil e foi preso na própria sede da Polícia Federal de Corumbá, quando foi buscar um documento que havia solicitado. Ele já havia sido incluído na difusão vermelha da Interpol e também foi expedido mandado de prisão pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.

É ex-diretor de Recursos Humanos do Gabinete do Prefeito de Santa Cruz de la Sierra e o principal investigado no caso de contratação de funcionários fantasmas e compras ilícitas, gerando prejuízos à Prefeitura que ultrapassam 4,8 milhões de bolivianos por mês. Ele e o irmão fugiram da Bolívia antes de serem convocados pelo Ministério Público, após o escândalo de corrupção.

Antonio Parada Vaca aos poucos foi assumindo cargos hierárquicos no município. Ele foi servidor público municipal por 16 anos e ocupou sete cargos. Seus três últimos cargos no município de Santa Cruz foram: secretário assessor, entre fevereiro e outubro de 2018; assessor B, entre novembro daquele ano até outubro de 2019; e finalmente assessor C, na Secretaria Municipal de Planejamento, até janeiro de 2020, com salário de 15.250 bolivianos (cerca de R$ 11,8 mil).

Ele segue custodiado em Mato Grosso do Sul enquanto tramita o pedido de extradição feito por autoridades da Bolívia.