Uol Notícias em 19 de Janeiro de 2022
Divulgação
O próprio paciente é quem coleta a sua amostra, em casa, e tira o resultado conforme as instruções do fabricante
Defendidos nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), os autotestes são usados na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda não foram liberados do Brasil. No caso do autoteste, que deverá ser encontrado em farmácias, o próprio paciente é quem coleta a sua amostra, em casa, e tira o resultado conforme as instruções do fabricante.
A diretora Cristiane Jourdan, relatora do pedido, foi a única que votou para liberar o autoteste, mas fez ressalvas para destacar que o ministério deveria detalhar uma estratégia de testagem em âmbito nacional. Para os demais diretores, porém, o governo deve elaborar esta política pública antes que os autotestes sejam liberados.
"Uma aprovação nestes moldes pura e tão somente forneceria a possibilidade de acesso a um instrumento de triagem diagnóstica, que necessariamente precisa vir a reboque de uma política pública, no sentido de sanar uma série de questões até o momento não totalmente contempladas pela análise que fizemos", afirmou o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
A diretoria colegiada da Anvisa volta a se reunir amanhã, a partir das 10h, para decidir se libera a vacina Coronavac para crianças a partir de 3 anos de idade. O pedido de uso emergencial do imunizante para o público infantil foi feito pelo Instituto Butantan.
Lacunas de informação
Na nota técnica enviada à Anvisa, o ministério afirmou que a autotestagem é "uma estratégia adicional para prevenir e interromper" a transmissão do coronavírus, ao lado do isolamento social e do uso de máscaras. "Os autotestes podem ser realizados em casa ou em qualquer lugar, são fáceis de usar e produzem resultados rápidos", completou a pasta.
O texto tem parâmetros que os fabricantes de autotestes devem seguir em relação ao produto e à embalagem, e determina a manutenção de um canal de comunicação por telefone gratuito para suporte aos usuários. A medida visa ajudar as pessoas a utilizar o autoteste e tomar uma providência diante do resultado positivo.
Para os diretores da Anvisa, porém, o governo precisa esclarecer, entre outros pontos, se haverá um mecanismo para notificar os casos positivos e de que forma estes números serão incluídos nos dados oficiais.
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