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Prefeitos decidirão sobre Carnaval, diz governador; secretário de Saúde é contra realização

Campo Grande News em 26 de Novembro de 2021

Chico Ribeiro/Arquivo Governo do Estado

Governador alertou que os prefeitos devem observar as condições sanitárias

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), declarou nesta sexta-feira (26), que vê com otimismo a possibilidade das festividades do Carnaval de 2022 serem realizadas, mas alertou que os prefeitos devem observar as condições sanitárias.

O Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), que norteia as ações de prevenção e combate à covid-19, tem que ser levado em conta. “O programa Prosseguir é que vai oferecer um diagnóstico da situação epidemiológica, emitindo recomendações a todos os municípios. A decisão sobre a realização do carnaval é prerrogativa dos prefeitos”, destacou.

Reinaldo disse ainda que o repasse de recursos para as escolas de samba do Estado, 30% maior do que o ano passado, está garantido e não é exclusivamente vinculado à preparação do Carnaval.

“Em 2021, não foi possível fazer o Carnaval e os recursos repassados foram utilizados em oficinas e outras atividades. Nosso objetivo é minimizar os impactos da pandemia”, reforçou.

Segundo o Painel Mais (Monitor de Apoio às Informações em Saúde), da Secretaria de Estado de Saúde, o Estado já tem mais de 70% da população totalmente imunizada contra a doença causada pelo novo coronavírus e mais de 99% já recebeu ao menos uma dose.

Cautela

Já o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, disse não ser viável realizar as festas, apesar da pressão econômica.

“Solicitei que façamos essa discussão dentro do comitê para que o governo tenha uma posição em relação a estes eventos. Enquanto secretário de Saúde, tenho uma visão técnica de que neste momento, a gente precisa se abster de ter carnavais. Logicamente, o governo tem pedidos de apoio por parte de prefeitos (para ter). No entanto, eu escuto da minha equipe, de alguns secretários municipais de Saúde, que ainda não é hora de se promover eventos que levem a grandes aglomerações”, ponderou.

Já infectologistas também concordam com a opinião de Resende, de não haver festa popular no Estado. Um deles é Júlio Croda, também pesquisador da Fiocruz. Ele afirmou à reportagem que, apesar do avanço da imunização, não é possível promover eventos com essa estrutura de forma segura.

“Estamos perto do nível seguro do ponto de vista hospitalar, mas vêm aí as festas de fim de ano, o Carnaval, e vai ter mais transmissão. Se não quer cancelar, tem que avançar na vacinação ainda mais, principalmente para completar a terceira dose”, analisou o infectologista.