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"Estou com muita dor", diz namorada de piloto que estava em bimotor

Jornal Extra em 26 de Novembro de 2021

Rafael Nascimento de Souza/Jornal Extra

Namorada do piloto Gustavo Carneiro, Larissa (de preto e segurando uma pasta) chega ao IML

“Estou com muita dor. Tenho a certeza de que a culpa não é dele. Ninguém sabe o que aconteceu”, disse Larissa Vicente, namorada do piloto Gustavo Carneiro, de 27 anos, que é de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e está no Rio há 3 anos.

Ele é uma das três pessoas que estavam em um avião bimotor que vinha de Campinas para o Rio e desapareceu em alto mar quando sobrevoava Ubatuba, em São Paulo, na última quarta-feira. Nesta sexta-feira, a Força Aérea Brasileira (FAB) faz buscas em um raio de 750 quilômetros em busca dos desaparecidos.

"A gente não tem a certeza se é o Gustavo ou não. Estamos com muita dor, muita dor. Eu estou vendo o meu futuro acabar. Só queremos saber se o corpo é dele ou não. Se existe, só queremos o corpo", desabafou Larissa.

A jovem disse que não sabe o que pode ter acontecido e que a família está muito triste porque Gustavo perdeu o pai há um ano e meio em consequência da covid-19. "Está doendo muito. A gente está aqui para ver se ele é ele ou não. Nos solidarizamos com as outras duas famílias", destacou a namorada de Gustavo que durante todo o tempo, assim como a mãe e o irmão do piloto que chegaram do Mato Grosso do Sul, durante a madrugada, eram amparados por amigos e parentes.

Os familiares do rapaz chegaram depois das 10h50 (horário de Brasília). A mãe, Leila Reis Calçado, e a namorada de Gustavo, chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande, na Zona Norte do Rio, para reconhecer o corpo que foi resgatado na tarde de quinta-feira por equipes da FAB em alto mar já no estado do Rio.

O corpo passou por necropsia, no entanto, como as papilas estavam maceradas, tendo em vista o tempo que ficou em contato com a água, foram encontradas dificuldades na identificação. A roupa e tatuagens devem ajudar na apuração.

"Ele é um profissional muito competente e tenho certeza de que a culpa não é dele. Espero que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) investigue", acrescentou Larissa.