Leonardo Cabral em 23 de Novembro de 2021
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
Encerramento da operação que aconteceu durante 144 dias foi na sede do 3° Grupamento de Bombeiros
O evento de encerramento, no quartel do Corpo de Bombeiros de Corumbá, contou com a presença de autoridades civis e militares, além de militares que atuaram diretamente na operação.
Entre os militares, estava a 2° sargento Aurelinda Neres da Silva. Ela, que serve em Campo Grande, mas é de Brasília, disse que se deslocou seis vezes para o Pantanal de Corumbá. Ao Diário Corumbaense, a sargento mencionou que valeu cada minuto na linha de combate, destacando as questões físicas: “estar ali, perto do fogo, onde o corpo tem que resistir ao calor, foi um grande desafio”, citou.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense 2° sargento Aurelinda Neres da Silva falou sobre a experiência de integrar a operação
Balanço Hefesto
Ao todo, foram quase 800 militares empregados na operação Hefesto, sendo boa parte deles de outras unidades do Estado, que somara esforços com outras equipes, como os próprios bombeiros de Corumbá e equipes do Prevfogo/Ibama e outros brigadistas voluntários e de instituições, assim, como ribeirinhos que ajudaram no combate aos focos de incêndios.
Foram atendidas 6.845 das mais diversas ocorrências, monitorados e vistoriados 5.759 focos de calor. O que mais chama a atenção, é que, com a operação, houve uma redução de 48,23% de área queimada, em relação a 2020, conforme dados do LASA e INPE, entre os períodos de 01 de janeiro a 21 de novembro deste ano.
O sub-comandante geral dos Bombeiros no Estado,coronel Artemison Monteiro de Barros, falou da importância da operação Hefesto, destacando as parcerias e ações que ajudaram a combater os incêndios florestais que tanto afetaram a região pantaneira,
“O Pantanal é nosso bioma, é fundamental conservá-lo. Com essa finalidade, os bombeiros, com apoio do governo do Estado, empregou mais de 120 viaturas, embarcações, 15 aeronaves, para transporte de pessoal e também de combate ao fogo, 971 materiais e equipamentos tais como bombas costais, sopradores, abafadores, kits pickup, bombas flutuantes, queimadores para controle de incêndios florestais. Por conta disso, as ações de combate foram bem intensas em 2021, mais do que em 2020. Tivemos também um ganho considerável, com a redução de quase 50% aquela diferença dos incêndios do ano passado, porque o combate foi bem mais efetivo”, destacou o sub-comandante geral.
Mesmo com o fim da Hefesto, conforme ele, as ações prosseguem, com o monitoramentos de áreas. “Esse problema cultural, social que vem de longa data, há muito tempo as pessoas ateiam fogo para fazer limpeza, renovar pasto, temos que ter um meio termo e ajuste de tudo isso. O Governo do Estado publicou decreto que regula sobre essas questões, ações diversas de como fazer essas queimadas e os bombeiros vêm para intensificar essas ações. Em 2022 intensificaremos mais ainda, faremos palestras de conscientização, temos plano junto com Sebrae para divulgar a consciência ambiental, diminuir a cultura de atear fogo, entre outras atividades que ajudarão no combate às queimadas”, frisou o coronel bombeiro militar Artemison Monteiro de Barros lembrando sobre a aeronave que foi adquirida pelo Estado para o combate de focos, principalmente no Pantanal. Foi adquirida uma aeronave, que chega em dezembro disponível para combate a incêndios. Também deixamos em Corumbá alguns materiais que foram adquiridos na operação Hefesto”, completou.
Agora é com Corumbá
No ato desta terça-feira, o comandante do 3º Grupamento de Bombeiros de Corumbá, tenente-coronel Luciano Lopes de Alencar, recebeu um abafador, simbolizando a retomada das ações na cidade.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense Comandante Alencar recebendo abafador como símbolo da retomada das ações por Corumbá
Conforme o informativo nº 007 que traz o monitoramento de incêndios florestais no Mato Grosso do Sul, em 2020 foram 1.689.325 hectares queimados no Pantanal, com 8.756 focos de calor. Já em 2021, 874.500 hectares queimaram e os focos de calor somaram 5.759.
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