Rosana Nunes em 21 de Setembro de 2021
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Corumbá tem pouco mais de 112,6 mil habitantes, segundo estimativa do IPGE deste ano
A economia local é bastante diversificada. Nela, ainda se destacam as atividades de comércio, mineração, pesca e turismo. Comércio; serviços; construção civil e agropecuária respondem pelo maior fluxo de contratações. Somente nos primeiros sete meses de 2021, juntos criaram mais de 2,6 mil postos de trabalho formal, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Ao todo, no mesmo período, a economia corumbaense contratou pouco mais de 3,1 mil pessoas com carteira assinada. A retomada do desenvolvimento econômico neste período de pandemia começa a ganhar visibilidade.
O Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), classificou o Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Corumbá em 0,700. Faixa apontada como alto grau de desenvolvimento. Os dados, coletados em 2010, mostraram crescimento de quase 20% no IDHM num período de dez anos. Originalmente, o levantamento é realizado a cada década.
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil, a Educação foi o indicador que mais evoluiu em Corumbá. Teve crescimento de 0,188 e saltou de 0,398 em 2000 para 0,586 em 2010. O IDHM ainda leva em consideração os chamados "anos esperados de estudo". Esse quesito indica o número de anos que a criança que inicia a vida escolar no ano de referência tende a completar.
Houve redução de 18% nas taxas de mortalidade infantil (crianças com menos de um ano) em Corumbá. O índice caiu de 21,9 por mil nascidos vivos em 2.000 para 17,8 por mil nascidos vivos em 2.010. O município atingiu marca abaixo da que a Organização das Nações Unidas (ONU) estipula para alcance do Brasil em 2015, que deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil a partir daquele ano.
Por outro lado, a esperança de vida ao nascer aumentou 7,4 anos nas últimas duas décadas em Corumbá. De acordo com dados da dimensão Longevidade do IDHM, a expectativa de vida passou de 67,7 anos em 1.991 para 75,1 anos em 2.010. No Mato Grosso do Sul, a esperança média de vida ao nascer é de 75,0 anos. No país, é de 73,9 anos.
Os indicadores de Habitação revelam que em 2010, total de 93,32% da população vive em domicílios com água encanada; outros 97,47% têm energia elétrica nas casas e 97,62% da população urbana é atendida pela coleta de lixo.
História: ocupação da região teve início no século 16
Com o nome de origem tupi-guarani – Curupah, que significa “lugar distante” – e depois de ter outras denominações ao longo de sua história, Corumbá é conhecida como cidade branca, devido à cor clara de seu solo, rico em calcário.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Ocupação da região teve início no século 16, com a expectativa de encontrar ouro
Quando a passagem de barcos brasileiros e paraguaios pelo rio Paraguai foi liberada, e devido à importância comercial que passou a ter, a localidade foi elevada a distrito em 1838 e, em 1850, a município. A cidade iniciou atividades industriais na década de 1940, com a exploração das reservas de calcário – excelente para a indústria do cimento – e de outros minérios. No fim dos anos 1970, o turismo passou a ser explorado, revelando nova infraestrutura e viabilizando a restauração das construções históricas. Com o Pantanal ocupando 60% de seu território, Corumbá constitui-se no principal portal para o santuário ecológico.
A ata de fundação de Corumbá foi lavrada em 21 de setembro de 1778, com a denominação de Albuquerque. Foi elevada a distrito pela Lei nº 04, de 19 de abril de 1838 e a município pela Lei nº 712, de 05 de julho de 1850.
Corumbá em números
População estimada 2021 - 112.669 pessoas
População Censo 2010 - 103.703 pessoas
Domicílios Censo 2010 - 32.259
IDH 2010 - 0,700
Densidade demográfica - 1,60 hab/km²
Área territorial - 64.438,363 km²
Ensino fundamental (2020) - 15.395 matrículas
Ensino médio (2020) - 4.415 matrículas
Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade (2010) - 94,7 %
IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental Rede pública (2019) - 5,1
IDEB – Anos finais do ensino fundamental Rede pública (2019) - 4,3
Salário médio mensal dos trabalhadores formais (2019) - 2,7 salários mínimos
População ocupada (2019) - 15,4 %
Automóvel (2020) - 21.500
Caminhão (2020) - 1.083
Motocicleta (2020) - 11.668
Ônibus (2020) – 283
Fonte: IBGE
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