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Incêndios em vegetação mobilizam bombeiros; Corumbá registrou 156 focos nas últimas 48h

Leonardo Cabral em 09 de Agosto de 2021

Divulgação/Corpo de Bombeiros

Fogo em vegetação às margens da BR-262, no trecho do anel viário

Incêndios em vegetação na área urbana das cidade de Ladário e Corumbá, movimentaram as equipes plantonistas do Corpo de Bombeiros Militar, nas últimas 48h. Foram 23 ocorrências, sendo oito apenas de combate aos focos de fogo nas duas cidades pantaneiras e no anel viário, próximo a fronteira com a Bolívia, na BR-262.

Foram dois focos de calor no Popular Nova, 2 Nova Corumbá, 2 Aeroporto e 1 no Loteamento Pantanal. Em Ladário, no bairro Mangueiral. Os 2 incêndios do bairro Aeroporto foram no trecho da BR-262, que dá acesso à Agesa.

Nesse local, as chamas consumiram uma grande área de vegetação, liberando muita fumaça no entorno e também na rodovia Ramão Gomes, dificultando a visibilidade de condutores que trafegam nesse trecho.

Divulgação/Corpo de Bombeiros

Incêndio em terreno baldio no bairro Mangueiral, em Ladário

Já o incêndio em Ladário, no Mangueiral, no sábado (07) à noite, atingiu uma área de vegetação que chegou bem próximo às casas, assustando moradores.

Atenção

Período do ano em que a umidade relativa do ar cai drasticamente e a vegetação ganha aspecto seco, os meses entre agosto e outubro, são os que mais registram focos de queimadas urbanas ou florestais. 

A maior parte desses incêndios poderia ser evitada se os moradores se conscientizassem sobre o descarte correto dos resíduos, mas o que boa parte da população não sabe é que o problema, relacionado para muitos como hábito cultural de limpar terrenos baldios e juntar folhas no quintal para queimar, é crime e ainda oferece diversos riscos à saúde, ao meio ambiente e até mesmo ao trânsito.

Divulgação/Corpo de Bombeiros

Corumbá, nas últimas 48h, contabilizou 156 focos, segundo o INPE

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a fumaça da queimada urbana produz substâncias químicas que penetram no solo e nas plantas, expondo as pessoas ao risco de adoecerem tanto pela inalação quanto pela ingestão de alimentos contaminados com material particulado (pó da queimada urbana), monóxido de carbono, ácido clorídrico, ácido cianídrico, benzeno (causador de pedra nos rins), estireno, formaldeído, arsênio, benzopireno, dioxina, furano, hidrocarbonetos policíclicos e metais pesados.

Seja qualquer a causa ou motivação, que leve a pessoa a atear fogo em vegetação ou mata, ao praticar a queima, ela poderá ser enquadrada por crime ambiental, tanto com base em legislações federais quanto em regulamentos estaduais e municipais e ainda fica sujeito a multa.

Entre as recomendações de descarte correto dos resíduos estão: não colocar fogo sob hipótese nenhuma; criar aceiros nos terrenos, com limpeza da vegetação num espaço de 1,5 metro ao redor para evitar que incêndios vizinhos consigam se propagar; recolher as folhas secas em sacos de lixo e não jogar bitucas de cigarro em locais onde há vegetação que possa servir de combustível.

Focos em Corumbá

Corumbá ocupa a quinta posição no ranking por municípios que registraram mais focos de queimadas este ano. Já são 714 focos de calor na cidade pantaneira, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Só nesses quase dez dias de agosto, Corumbá registrou 183 focos de queimadas, porém, nas últimas 48h, o município contabiliza 156 focos.

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