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Condenado a mais de 80 anos de prisão, "Lino" escapa da Máxima em Campo Grande

Campo Grande News em 03 de Junho de 2021

Reprodução

Laudelino, o "Lino" "sumiu" da Máxima de Campo Grande

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e a Polícia Civil estão investigando a fuga de detento do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, na madrugada de quarta-feira (02).  Ele simplesmente sumiu e a falta só foi percebida na hora do "confere".

Conforme registro policial, durante conferência no pavilhão 3 da unidade penal, o agente penitenciário deu falta do detento Laudelino Ferreira Vieira, 43 anos, conhecido por "Lino".

De acordo com a Agepen, o caso está sendo investigado pela Corregedoria Geral que inclusive analisa as imagens da câmera de monitoramento da unidade penal para saber as circunstâncias da fuga.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, Laudelino tinha autorização para trabalhar no presídio, junto com outros 230 detentos. Atuava  na limpeza da escola da unidade penal.

Em agosto de 2020, tentou prisão domiciliar em razão de covid-19, mas o juiz responsável, Mário José Esbalqueiro Junior, então titular da 2ª Vara de Execução Penal, disse que soltar o condenado representava risco para a sociedade, diante de sua vida pregressa. "Lino tem condenação superior a 80 anos de prisão, por crimes de tentativa de homicídio, homicídio, tráfico de drogas, roubo, furto, além de latrocínio".

A fuga foi constatada às 17h de quarta-feira (02). Os agentes penitenciários fizeram revisão geral nas 25 celas do pavilhão após darem falta de Laudelino, mas não encontraram o interno.

O caso foi denunciado à Polícia Civil, além de estar sob investigação da Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário. Um dos objetivos da apuração é saber se houve conivência de funcionários. 

Extensa ficha criminal

Laudelino é integrante de quadrilha que roubou três aviões e matou o empresário Luís Fernandes de Carvalho em Corumbá, em janeiro de 2004.

Em 2015, ele foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado pela tentativa de assassinato de policiais rodoviários federais em julho de 2010. Ele e um comparsa foram baleados após furar um bloqueio e disparar 10 tiros contra os policiais na BR-262, em Terenos, quando tentavam trazer cocaína da Bolívia.

Laudelino foi condenado por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e uso de documentos falsos. Além de ser baleado pela PRF, ele estava com 6 quilos de cocaína e usava documento falso em nome de Jairo dos Santos.

Também é apontado como integrante da quadrilha que no ano de 2006 trocou tiros com a PM na Estrada do Jacadigo, na zona rural de Corumbá, matando o policial Rudy Mendonça, que tinha 43 anos.