Campo Grande News em 24 de Março de 2021
Saul Schramm/Governo do Estado
Para profissionais, ampliação de leitos de UTI não é eficaz na redução de casos e mortes
O grupo, encabeçado pela presidente da Sims, Andrea de Siqueira Campos Lindenberg, enumera o colapso em andamento no sistema de saúde, citando entre os problemas, o aumento de vítimas sendo intubadas em postos de saúde “sem vagas para a transferência imediata” e maior “rotatividade de leitos públicos e privados em razão do grande volume de óbitos diários e não propriamente da recuperação de pacientes graves”.
Para os especialistas, a taxa alarmante de praticamente mil casos novos todos os dias no Estado, implica numa média de 150 pessoas internadas ao dia, com pelo menos 50 delas precisando de UTI.
Como a “duração média de internação é próxima de 14 dias para os casos acumulados (independente do desfecho, i.e. alta ou óbito), podemos constatar que a estratégia da adoção da Ampliação de Leitos sob demanda para os Doentes Graves não foi capaz de controlar o impacto da transmissão do vírus”, cita a nota.
Com isso, os profissionais apelam pela redução da circulação do vírus, que só pode ser alcançada com “medidas rigorosas de distanciamento social e redução da circulação de pessoas”, o que deve ser adotado tanto pelas instituições quanto pela população.
Os profissionais pedem ainda que as ações durem 14 dias, porque “medidas verdadeiramente restritivas puderam reduzir a sobrecarga do sistema de saúde em cidades do Brasil e em outros países que as adotaram. Países conseguiram salvar vidas, evitar sequelas e economizar recursos da saúde pública baseados em distanciamento social rigoroso”, com grifo original.
Por fim, os médicos da Sims lembram que a vacina é “uma esperança emergencial para convivermos com nossos familiares e amigos o mais breve possível”, mas pondera que “até lá, os recursos individuais de que dispomos são: o distanciamento, o uso da máscara adequada e a higiene das mãos”, reforçando ainda o coro contra tratamentos não comprovados, que podem até complicar a saúde já comprometida pela covid-19.
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