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Casa Brasil oferece oficinas para a comunidade

Estruturada em módulos, a Casa Brasil, um projeto do governo federal, proporciona vários conhecimentos

Camyla Campos em 26 de Maio de 2009

Camyla Campos

Crianças, jovens, adultos e idosos podem se inscrever e participar das oficinas

Um lugar para se adquirir conhecimentos e conquistar novas amizades entre pessoas de diversas classes sociais e culturas diferentes. Assim acontece a integração de pessoas das comunidades corumbaense, ladarense e fronteiriça que participam das oficinas oferecidas gratuitamente na Casa Brasil, em Corumbá. Estruturada em módulos, a Casa Brasil, um projeto do governo federal, proporciona vários conhecimentos. O objetivo, além de atuar em áreas de baixo índice de desenvolvimento humano, é levar às comunidades computadores e internet, proporcionando ações em tecnologias livres aliadas a cultura, arte, entretenimento, articulação comunitária e participação popular. 

Crianças, jovens, adultos e idosos podem se inscrever e participar das oficinas oferecidas no local. No Telecentro, os alunos podem aprender a manusear um computador, acessar a internet, elaborar currículo e fazer pesquisas. Edileuza Cristina de Souza, 18, desenvolve atividades em duas oficinas, no Telecentro e na Multimídia. Cursando o segundo ano do ensino médio, está pensando em fazer a faculdade de jornalismo ou publicidade. Já aprendeu sonoplastia, a mexer com câmeras de filmagens e a fazer reportagens. “Acho tudo isso muito bom, pois penso em crescer lá fora e fazer uma faculdade na Capital”, contou. O professor e monitor Wilton Dourado, trouxe sua experiência de Campo Grande e desenvolve as atividades de noções básicas de informática junto aos alunos que participam das oficinas na Casa Brasil. O Telecentro possui vinte computadores conectados à internet, e oferece atividades livres e oficinas temáticas. O acesso ao espaço mostra como a tecnologia pode ajudar a resolver questões cotidianas da comunidade. De acordo com o monitor, as pessoas que fazem a oficina saem preparadas para o mercado de trabalho, e no final do curso, recebem um certificado. “Toda a comunidade pode estar participando, é totalmente gratuito”, frisou. As aulas acontecem duas vezes por semana, no período matutino e vespertino num total de três horas semanais.

Cada turma é formada por 15 pessoas. Na avaliação de Wilton, o principal objetivo dessa oficina é a inclusão digital. O caso de Franceline de Souza Pessoa, 16 anos, serve de exemplo. Há dois meses, teve uma filha e há um mês, frequenta a oficina. Traz a pequena Tailine, no carrinho e em alguns momentos precisar parar e amamentar a filha. Mesmo assim ela não sente dificuldades e tem muita vontade de aprender. “Acho muito bom poder participar da oficina, antes não tinha noção sobre como lidar com um computador, hoje já sei um pouco. Procuro não faltar nenhuma aula”, disse. 

Além do Telecentro, faz parte do projeto o módulo da Sala de Leitura, composta de um acervo com 250 exemplares da literatura brasileira, com espaço estruturado e monitores capacitados para atender a comunidade. Este local tem a visitação cotidiana de crianças e adolescentes que vêm para conhecer um pouco mais de leitura e ainda desenvolver sua capacidade artística e criativa. São realizadas oficinas que integram a leitura, produção e compartilhamento de textos, também atividades culturais, como encontros literários, oficinas de criatividade, saraus, rodas de leitura, orientação a pesquisas e empréstimo de livros. 

Multimídia

Na oficina de Multimídia, três projetos estimulam os integrantes que participam. A animação com Stop Motion é inédita em Corumbá. Os alunos utilizam de ferramentas de software livre e equipamentos digitais, desmistificando essas tecnologias e despertando para uma nova tendência da animação digital. A proposta inicial são temas relacionados à educação ambiental e cultura local, com roteiros criados pelos alunos. Esse tipo de animação vem crescendo e na televisão já ocupa boa parte da programação diária e é utilizada pelos publicitários em comerciais. No cinema, a premiação dos filmes como Shrek (2001), que venceu o 1º oscar para filmes de animação em 2002; Procurando Nemo (2003) e Shrek 2 (2004), são marcos da expansão dos espaços conquistados pela animação. 

Tem também uma atividade contagiante no universo da comunicação. A oficina Web Rádio no estúdio multimídia oferece atividades comunitárias e que tem como tema principal a “vida” na comunidade. Os futuros locutores exercitam o poder da comunicação dentro da comunidade, que identificam com a cultura local. As atividades são envolventes e fazem com que os participantes busquem textos e formas para falar o cotidiano local. Os alunos participam de entrevistas e reportagens. Antenados na divulgação desta atividade mobilizam dentro das escolas e “lan house” a audiência desejada. Outro projeto é a oficina Audiovisual com a produção do projeto Alô Pantaneiro com imagens da comunidade e participação de alunos e técnicos de cinema. Foram realizadas oficinas de roteiro, filmagem e sonoplastia. O Alô Pantaneiro, mostra a influência do rádio na vida do homem pantaneiro. Para a oficina de Audiovisual, a Casa Brasil prepara a produção Alô Pantaneiro, cujo produto final será um curta metragem exibido em todas as unidades da Casa Brasil de Mato Grosso do Sul. 

Serviço: Casa Brasil

Local: Moinho Cultural

Rua Domingos Sahib - Porto Geral

Horário: Terça a sexta-feira das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h30

e aos sábados das 13h30 às 19h.