Leonardo Cabral em 27 de Janeiro de 2021
Reprodução/Vídeo
Motoristas calcularam que pelo menos 400 caminhões ficaram parados aguardando carregamento
Em entrevista ao Diário Corumbaense, o caminhoneiro Odair de Assis, que atua no ramo há 36 anos, contou que permaneceu parado no local por cinco dias. Ele estava com o filho e confirmou a situação precária relatada pelo colega no vídeo.
“Ficamos eu e meu filho, cada um em seu caminhão esperando desde quinta-feira passada, para carregar. Lá ficamos parados sem estrutura nenhuma, praticamente refém, sem água para beber, algo para comprar e comer. Entendo que não pedimos conforto, mas sim, infraestrutura adequada para poder nos atender, já que ficamos mais de dias esperando para que os caminhões sejam carregados. Tem colegas que estavam fazendo suas necessidades no mato mesmo”, contou Odair. Ele conseguiu sair do local nesta terça-feira (26). “Estamos com a ideia de não voltar mais. É um descaso total, por tanta coisa que nossa classe faz por esse país e nessas horas vemos como somos sofridos”, afirmou.
"Situação normalizada"
Em nota a este Diário, a assessoria de imprensa da Vetorial explicou que no trimestre passado, em função da seca regional que inviabilizou o transporte de carga pelo rio Paraguai, as vendas de produto (minério de ferro) passaram a ser escoadas através do modal rodoviário e que por conta disso, nos últimos dias, o pátio onde é realizado o carregamento de minério registrou um "aumento repentino e significativo no volume de caminhões, fato não detectado até então em três meses e que sobrecarregou todo o sistema de abastecimento de água e infraestrutura local".
Porém, diante das reclamações feitas pelos caminhoneiros, a empresa afirma que "a situação já foi normalizada de forma emergencial e novos investimentos serão efetuados de forma a melhorar o conforto e atendimento ao motorista, mesmo em situações de estresse do sistema, como constatado no último final de semana.
Já em relação à falta de água, a assessoria mencionou que o sistema foi normalizado e que "não há nada de atraso para carregar os caminhões e que segue normalmente o trabalho de carregamento de minério de ferro, porém, são feitas ofertas para fazer a rota e coincidiu um número alto de caminhões chegarem ao mesmo tempo, mas a carga segue sendo feito num volume maior do que o habitual". Os motoristas recebem senhas, segundo a empresa.
Waldson Luciano Correa Diniz : Somente o trabalhador unido em seu sindicato pode enfrentar os patrões que só querem aumentar seus lucros. Essa empresa está expondo os trabalhadores a risco de doenças graves em plena pandemia! Cadê o ministério público do trabalho para autuar e multar? Tudo começa pela conscientização!
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