Campo Grande News em 12 de Novembro de 2020
Preso em flagrante nesta manhã com arma irregular, o deputado federal Loester Carlos (PSL), mais conhecido como “Tio Trutis”, vai ficar em cela do Presídio Militar em Campo Grande, no complexo penal da saída para Três Lagoas. A prisão foi durante operação da Polícia Federal para investigar o deputado por ter forjado atentado contra si próprio, em fevereiro deste ano.
A Polícia Federal, responsável pela prisão, solicitou a vaga, autorizada pela Auditoria Militar, que cuida das execuções penais no estabelecimento. A unidade é dedicada a receber militares condenados ou em cumprimento de prisões preventivas e provisórias.
“Tio Trutis” vai para lá em razão do cargo ocupado, conforme apurado. No local, além dos militares envolvidos em crimes, exite ala específica para advogados. São cerca de 60 vagas no lugar. O deputado ficará em cela separada.
Segundo a investigação jornalística, a PF informou não ter condições estruturais para ficar com o deputado na carceragem da Superintendência, na Vila Sobrinho, e por isso ele vai ser transferido antes mesmo da audiência de custódia.
O procedimento, no qual pode ser liberado se o juiz responsável entender que tem condições de responder em liberdade ao processo, será realizado no Fórum de Campo Grande, já que é um crime processado pela Justiça Estadual.
Nesta tarde, depois de prestar depoimento na Polícia Federal e ser autuado em flagrante pela posse de arma de uso restrito, configurando crime inafiançável, o parlamentar foi levado para fazer exame de corpo de delito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).
“Atentado fake”
Trutis é investigado em inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) como suspeito de inventar um atentado em fevereiro deste ano. Na época, declarou nas redes sociais que o carro onde viajava foi alvejado na BR-060 e que revidou com tiros de pistola .380.
De lá para cá, vinha cobrando investigações por parte da Polícia Federal. Hoje, acabou sendo alvo da “Operação Tracker”, para cumprir 10 mandados de busca e apreensão, 9 deles em Campo Grande e um em Brasília.
Nem a defesa nem a assessoria de imprensa do deputado se manifestaram sobre o assunto.
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