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Suposto fechamento do Incra em Corumbá mobiliza produtores dos assentamentos

Leonardo Cabral em 03 de Novembro de 2020

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Manifestação aconteceu na manhã desta terça-feira

Produtores de assentamentos de Corumbá foram para sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) nesta terça-feira, 03 de novembro, localizada na rua Cabral, para protestar contra o suposto fechamento da unidade. Com carro de som e alguns cartazes em frente à sede, eles, que estavam de máscaras, também pediram agilidade na regularização de lotes.

“Temos notícia de que o Incra vai fechar a unidade em Corumbá, se isso acontecer, nós todos vamos ter problemas, como documentação, pois não titularam os lotes e o pouco dos que já foram dados não autorizam o Cartório a registrar o título. Precisamos que o Incra entregue os títulos para todos os assentados e que autorize o cartório a registrar os títulos. É essencial que o Incra permaneça aberto em Corumbá até que resolva os problemas da pequena propriedade", disse o presidente da Associação dos Pequenos Produtores do Assentamento Tamarineiro II Sul, Dener Alves da Cruz.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Dener Alves, disse que há notícias sobre o fechamento da unidade

Ele ainda mencionou ao Diário Corumbaense que em caso do fechamento da unidade, “os assentados não terão assistência, prejudicando a reforma agrária e a própria produção em geral dos moradores dos assentamentos, já que a maioria não tem documentação legal. Teremos que ir até Campo Grande para resolver as coisas e nenhum de nós tem condições de fazer isso". 

Para o assentado do lote 236, do Tamarineiro II Sul, Francisco Bueno da Silva Neto, a permanência do Incra em Corumbá é questão de sobrevivência para os pequenos produtores.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Francisco disse que a permanência do Incra é questão de sobrevivência para os assentados

“Aqui temos um funcionário e quase 10 assentamentos para atendimento. Imagine se fechar, o assentado não terá assistência técnica para vender seus produtos nem sequer na feira. Produzo queijo e não posso vender porque o meu lote não está regularizado, está parado. Se não tivermos isso aqui, que nos autoriza a comercializar, imagina como é que vamos para Campo Grande, caso a unidade seja mesmo fechada?”, questionou Francisco. A Capital fica distante mais de 420 km de Corumbá.

Incra

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Gerente da unidade em Corumbá garantiu que não há, no momento, nenhuma determinação sobre fechamento

Ao Diário Corumbaense, o gestor do Incra em Corumbá, Dorival Canavarros dos Santos, disse que a unidade conta com quatro funcionários, mas dois deles estão afastados e disse que nenhuma informação sobre o fechamento do órgão na cidade chegou até agora.

“Não há ordem, portaria ou algo até o momento que fale sobre isso e os trabalhos seguem normalmente aqui na unidade”, garantiu Dorival.

Porém, ele ressalta que a “ordem pode acontecer de uma hora para outra, mas afirmo que aqui não há nada determinado". Ainda de acordo com ele, a titularização dos lotes segue em andamento e alguns assentados já receberam o documento. 

Comentários:

SANDRA LIMA: isso é verdade. meu pai viveu a vida dele no sitio e ate agora nao saiu o titulo.foram mais de 20 anos la. e ainda acabou com a saude dele.

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