Leonardo Cabral em 14 de Outubro de 2020
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Manifestação foi em frente da Delegacia de Polícia Civil
Os familiares não quiseram gravar entrevista, mas uma amiga de infância de Anizielly, Verônica Romero da Costa, responsável por organizar a manifestação, disse ao Diário Corumbaense que além de Justiça, eles também chamaram a atenção para a agressão contra a mulher.
“Um dos principais objetivos da nossa manifestação aqui, é pedir que o homem que tirou a vida da minha amiga, seja condenado com pena máxima, que vá a júri popular. Que esse crime não fique impune. Também estamos pedindo para que as mulheres não tenham medo de denunciar as agressões físicas, verbais, psicológicas. Que se encorajem e lutem pelos seus direitos e denunciem crimes que aconteçam com ela ou os próprios filhos. A minha amiga morreu defendendo a filha dela, isso não pode ficar assim”, desabafou Verônica.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Além de pedir por justiça, Verônica disse que manifestação também teve o objetivo de encorajar mulheres vítimas de violência
Todos que participaram da manifestação usavam máscaras e estavam segurando cartazes com fotos da vítima.
O crime
O crime, na tarde de sábado (10), no bairro Aeroporto, chocou a população de Corumbá. Luciano de Oliveira Pinto, que está preso, deu ao menos 10 golpes de faca em Anizielly, que ainda foi socorrida e ficou internada no Centro de Tratamento Intensivo da Santa Casa até a manhã de segunda-feira (12), quando não resistiu aos ferimentos na região lombar, tórax, antebraço, perna e pescoço e veio a óbito.
Luciano é sobrinho do ex-marido da vítima. A família dele mora próximo da casa da avó de Anizielly. Os dois praticamente cresceram juntos, tinham boa convivência e até saíam juntos. As desavenças tiveram início, após a vítima denunciar o pai de Luciano, pelo crime de estupro de vulnerável, contra a filha dela, de apenas 08 anos. Por não aceitar as acusações contra o pai, que está preso desde agosto, quando a denúncia foi feita, Luciano acabou matando Anizielly.
Ele foi indiciado por homicídio qualificado e pode pegar de 12 a 30 anos de cadeia, se condenado. Luciano já foi transferido para o Estabelecimento Penal Masculino de Corumbá, segundo informou a este Diário a delegada Tatiana Zingier e Silva, responsável pelo inquérito do caso.
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