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Operação Refúgio prende pm’s envolvidos em sequestro e migração ilegal na fronteira

Leonardo Cabral em 18 de Março de 2020

Divulgação/ PF

Operação aconteceu nas primeiras horas desta quarta-feira (18) em Corumbá e apreendeu armas e munições

A Polícia Federal, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 18 de março, a Operação Refúgio. A ação cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva de policiais militares, que retiraram do território nacional cidadão boliviano, que se encontrava na condição de refugiado, e o entregaram na Bolívia, onde era foragido. Foram apreendidas armas de fogo, munições e um aparelho celular. 

Conforme a PF, a ação criminosa ocorreu em agosto de 2019, quando o homem boliviano, que estava na condição de refugiado no Brasil, foi abordado em um estabelecimento comercial por indivíduos armados e transportado com o uso de violência para a Bolívia, que faz fronteira com Corumbá. Naquela ocasião, ao passar pelo Posto Esdras, na divisa entre os dois países, o indivíduo que estava sendo retirado à força de Corumbá, chegou a tentar fugir, mas foi impedido e retirado do Brasil.

A Polícia Federal, por meio de uma investigação minuciosa, afirmou ter descoberto a dinâmica dos fatos e identificou os envolvidos na ação criminosa, os quais, inclusive, tentaram se passar por agentes da PF. As investigações apontaram o envolvimento de policiais militares e a Corregedoria da Polícia Militar, atuando em parceria com a PF, apoiou as medidas para que a operação fosse realizada.

A retirada ilegal do estrangeiro implica no cometimento dos delitos de sequestro e de migração ilegal com o uso da violência. A PF informou que haverá a comunicação, pelos meios oficiais, às autoridades da Bolívia dos dados da operação, para que sejam tomadas as medidas pertinentes. A operação mobilizou 41 policiais federais e 10 policiais militares de Mato Grosso do Sul e prendeu três policiais militares, dois da ativa e um aposentado.

A operação

O nome da operação é uma alusão ao instituto de direito internacional que abrigava o cidadão boliviano no território nacional antes de sua retirada ilegal do Brasil. (matéria editada para acréscimo de informação)

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